São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005

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ANTICORRUPÇÃO

ONG lança proposta de pacto por transparência na relação com o poder público
Antes mesmo de mudanças na legislação, o que é cada vez mais improvável a curto prazo, as empresas devem assumir um pacto e adotar conduta transparente na relação com o poder público, em eleições ou não.
A proposta, chamada de "Pacto Nacional Empresarial pela Integridade e Combate à Corrupção", foi lançada ontem a empresários pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e pela Patri Relações Governamentais e Políticas Públicas.
A idéia, explica Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo do Ethos, é envolver empresas que sigam o código de conduta em uma ampla rede e pressionar para que governos de todos os níveis a tenham como critério de contratação. "Não existem corruptos sem corruptores. As empresas têm um papel importante no processo de combate. Mas não podem fazer isso de forma isolada", diz Ricardo Young, do Ethos.
O instituto e a Patri promoveram ontem em São Paulo um seminário para discutir compras públicas, financiamento de campanha e publicidade oficial.
O objetivo é reunir sugestões para o texto do pacto a ser apresentado em 9 de dezembro, Dia Internacional de Combate à Corrupção. Para Grajew, o "pacto não resolve tudo, mas não é só uma carta de intenções, uma utopia. O Instituto Ethos coordenou o pacto contra o trabalho escravo e os resultados são concretos". Nesse caso, empresas flagradas vão para uma lista negra, com sanções variadas financeiras e comerciais. (DA REPORTAGEM LOCAL)

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