São Paulo, sábado, 30 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ

PT tenta barrar fotos do R$ 1,7 mi na mídia

TSE rejeita ação protocolada por Berzoini, que argumenta que divulgação de imagens é "violação de segredo de justiça"

Partido acusa "vazamento ilegal" de fotos, mediante pagamento, e deve entrar com pedido de impugnação da candidatura de Alckmin


EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT tentou ontem, sem sucesso, impedir que as fotos dos dólares e reais apreendidos supostamente para comprar um dossiê com denúncias contra o candidato tucano ao governo paulista, José Serra, fossem divulgadas pela imprensa.
Uma ação protocolada no Tribunal Superior Eleitoral, assinada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini -ele próprio envolvido no escândalo-, acabou rejeitada pelo ministro José Delgado no início da noite.
Mas duas outras ações da coligação de Aloizio Mercadante ao governo, impetradas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, ainda continuavam pendentes.
Além disso, a coligação A Força do Povo (PT-PC do B e PRB), de Lula, pretende protocolar hoje no TSE um pedido de impugnação do tucano Geraldo Alckmin, alegando que a oposição estaria usando o episódio do dossiê para prejudicar a candidatura de Lula à reeleição. Até ontem à noite, o texto ainda não estava pronto.
O argumento do PT para proibir a divulgação das imagens é que se trata de um segredo de justiça. "É uma violação do segredo de justiça e, portanto, um ato ilegal", disse Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Lula.
Segundo ele, o partido tem informações "não confirmadas" de que o "vazamento ilegal" se deu mediante pagamento. A hipótese será investigada dentro do governo.
Garcia comparou o caso à situação vivida pelo partido em 1989, durante o seqüestro do empresário Abílio Diniz. "Não vamos permitir que se repita a situação vivida no episódio Abílio Diniz, quando tentaram identificar os seqüestradores com o PT e com a candidatura do Lula", disse.
O coordenador, que acompanhou a campanha de Lula ontem à tarde na fábrica da Ford em São Bernardo (SP), chamou de "armação" o vazamento das imagens para a imprensa.


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