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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ
PT tenta barrar fotos do R$ 1,7 mi na mídia
TSE rejeita ação protocolada por Berzoini, que argumenta que divulgação de imagens é "violação de segredo de justiça"
Partido acusa "vazamento ilegal" de fotos, mediante pagamento, e deve entrar com pedido de impugnação da candidatura de Alckmin
EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT tentou ontem, sem sucesso, impedir que as fotos dos
dólares e reais apreendidos supostamente para comprar um
dossiê com denúncias contra o
candidato tucano ao governo
paulista, José Serra, fossem divulgadas pela imprensa.
Uma ação protocolada no
Tribunal Superior Eleitoral, assinada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini
-ele próprio envolvido no escândalo-, acabou rejeitada pelo ministro José Delgado no
início da noite.
Mas duas outras ações da coligação de Aloizio Mercadante
ao governo, impetradas no TRE
(Tribunal Regional Eleitoral)
de São Paulo, ainda continuavam pendentes.
Além disso, a coligação A
Força do Povo (PT-PC do B e
PRB), de Lula, pretende protocolar hoje no TSE um pedido de
impugnação do tucano Geraldo
Alckmin, alegando que a oposição estaria usando o episódio
do dossiê para prejudicar a candidatura de Lula à reeleição.
Até ontem à noite, o texto ainda
não estava pronto.
O argumento do PT para
proibir a divulgação das imagens é que se trata de um segredo de justiça. "É uma violação
do segredo de justiça e, portanto, um ato ilegal", disse Marco
Aurélio Garcia, coordenador da
campanha de Lula.
Segundo ele, o partido tem
informações "não confirmadas" de que o "vazamento ilegal" se deu mediante pagamento. A hipótese será investigada
dentro do governo.
Garcia comparou o caso à situação vivida pelo partido em
1989, durante o seqüestro do
empresário Abílio Diniz. "Não
vamos permitir que se repita a
situação vivida no episódio
Abílio Diniz, quando tentaram
identificar os seqüestradores
com o PT e com a candidatura
do Lula", disse.
O coordenador, que acompanhou a campanha de Lula ontem à tarde na fábrica da Ford
em São Bernardo (SP), chamou
de "armação" o vazamento das
imagens para a imprensa.
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