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PF abre inquérito para apurar como fotos vazaram
DA REPORTAGEM LOCAL
O superintendente da Polícia
Federal em São Paulo, Geraldo
Araújo, anunciou ontem à noite que a PF abriu inquérito e
procedimento disciplinar interno para apurar o vazamento
das fotografias do R$ 1,7 milhão
apreendido no dia 15 em hotel
de SP, que seria usado na compra de dossiê contra tucanos.
Araújo reconheceu que o vazamento não prejudica o inquérito original aberto em
Cuiabá (MT) para investigar a
compra do dossiê e a origem do
dinheiro. "Não atrapalha em
nada a investigação. A foto não
tem valor jurídico, tem valor
político. E tudo o que a PF não
quer é imiscuir-se no processo
eleitoral. Tem que ser isenta, é
polícia de Estado, não de governo, e isso contrariou a filosofia
da própria PF", disse Araújo.
Indagado sobre a divulgação
de fotos de outras apreensões,
Araújo citou a campanha presidencial de 2002, quando a revelação de fotos de dinheiro
apreendido na empresa Lunus
teria afetado a candidatura de
Roseana Sarney (PFL-MA). "É
o que procuramos preservar,
que a PF não se envolvesse em
disputa eleitoral", disse o superintendente. Segundo Araújo, a
investigação incluirá tomar depoimentos de cinco peritos criminais e do delegado Edmilson
Pereira Bruno, que fizeram perícia no dinheiro.
Bruno, 43, disse ontem que
as fotos "sumiram" de sua sala,
no sétimo andar da superintendência paulistana. Segundo o
delegado, pessoas não identificadas passaram a acusá-lo por
telefone de vazamento. "Isso
não é fato e a PF vai apurar. Estão prejudicando um profissional que tem dez anos de PF. Estou com a minha consciência
tranqüila", defendeu-se.
(FV e RV)
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