São Paulo, sábado, 30 de setembro de 2006

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Candidatos usam troca de turno para pedir votos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua segunda visita realizada ontem em São Bernardo do Campo (SP), na fábrica da Ford, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, forçaram os funcionários que deixavam o posto, no final da tarde, a recepcioná-los em uma espécie de "corredor polonês" à saída da montadora.
Posicionados estrategicamente em um estreito espaço por onde passavam cerca de 3.000 funcionários, sob garoa fina e baixa temperatura, os candidatos não deixavam margem para que os empregados optassem por se desviar dos abraços oferecidos.
A estratégia foi uma forma encontrada para driblar a legislação eleitoral, cujas restrições não permitem aos candidatos pedir votos em comícios 48 horas antes da votação. A situação gerou queixas.
Irritada, uma funcionária chegou a reclamar. "Coragem para ir ao debate ele não tem. Mas para vir pedir votos aqui ele tem."
Mais à frente, militantes petistas aproveitavam a deixa para distribuir panfletos e adesivos de candidatos a deputado federal e estadual.
Já na fábrica da Mercedes-Benz, onde os candidatos fizeram visita uma hora antes, a recepção foi mais calorosa: abraços, tapas nas costas e até choro, entre funcionários que desejaram boa sorte ao presidente espontaneamente. (FZ, TF e MP)


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