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Candidatos usam troca de turno para pedir votos
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua segunda visita realizada ontem em São Bernardo
do Campo (SP), na fábrica da
Ford, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o candidato do
PT ao governo de São Paulo,
Aloizio Mercadante, forçaram
os funcionários que deixavam o
posto, no final da tarde, a recepcioná-los em uma espécie de
"corredor polonês" à saída da
montadora.
Posicionados estrategicamente em um estreito espaço
por onde passavam cerca de
3.000 funcionários, sob garoa
fina e baixa temperatura, os
candidatos não deixavam margem para que os empregados
optassem por se desviar dos
abraços oferecidos.
A estratégia foi uma forma
encontrada para driblar a legislação eleitoral, cujas restrições
não permitem aos candidatos
pedir votos em comícios 48 horas antes da votação. A situação
gerou queixas.
Irritada, uma funcionária
chegou a reclamar. "Coragem
para ir ao debate ele não tem.
Mas para vir pedir votos aqui
ele tem."
Mais à frente, militantes petistas aproveitavam a deixa para distribuir panfletos e adesivos de candidatos a deputado
federal e estadual.
Já na fábrica da Mercedes-Benz, onde os candidatos fizeram visita uma hora antes, a recepção foi mais calorosa: abraços, tapas nas costas e até choro, entre funcionários que desejaram boa sorte ao presidente espontaneamente.
(FZ, TF e MP)
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