Ex-presidente tem 50% das intenções de voto contra 37% de Cristina Almeida e seria reeleito para Senado

MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ

Durou pouco o susto do senador José Sarney (PMDB), de acordo com pesquisa do Ibope sobre as eleições no Amapá. Sua reeleição pareceu ameaçada há duas semanas pelo crescimento da candidata Cristina Almeida (PSB), mas agora a vantagem alcança 13 pontos.
Os números foram noticiados ontem pela TV Amapá, retransmissora da TV Globo no Estado. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A diferença pró-Sarney caíra de 21 para 7 pontos entre as pesquisas divulgadas em 29 de agosto e 15 de setembro. O ex-presidente trocou a equipe de marketing e intensificou a campanha. Agora ele tem 50% de intenção do total de votos, contra 37% de Cristina.
No último levantamento Sarney tinha 47% e Cristina, 40%. Os apoiadores de Sarney comemoraram soltando fogos e buzinando em Macapá.
O governador Waldez Góes (PDT), aliado do senador e candidato à reeleição, ampliou a distância sobre o segundo colocado, João Capiberibe (PSB), padrinho político de Cristina Almeida. Waldez oscilou de 51% para 53%. Capiberibe, de 39% para 36%.Com 55% dos votos válidos, Waldez seria reeleito no primeiro turno. A pesquisa ouviu 812 eleitores, entre quarta-feira a ontem. A margem de erro é de três pontos percentuais.
O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do registro ou (em caso de vitória) diploma do governador, acusado de compra de votos e uso da máquina pública em um "almoçomícios" -comícios com distribuição de comida gratuita. A Justiça não votou o processo.
A ampliação da vantagem de Sarney e Waldez se deve ao esforço das últimas semanas, com a participação dos aliados hegemônicos no poder estadual. O programa de TV passou a se centrar na diferença entre a "experiência" de Sarney, 76, e Cristina, 40. Um menino disse no vídeo que a candidata nem sabe andar por Brasília.
Sarney e Waldez têm o apoio de todos os 16 prefeitos, de 22 dos 24 deputados estaduais e dos três jornais diários de Macapá. Lula colocou o PT na campanha e anteontem um ministro esteve no Amapá para anunciar obras.


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