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IGREJA
Católicos não devem responder a eventuais agressões; cardeal considera 'justa' presença de FHC em ato de evangélicos
Provocação deve ser evitada, diz d. Eugenio
da Sucursal do Rio
O cardeal-arcebispo do Rio
de Janeiro, d.
Eugenio Sales,
disse ontem que
a orientação da
arquidiocese é
que católicos
mais radicais evitem revidar eventual ato de agressão ou de provocação de evangélicos durante a visita
do papa João Paulo 2º.
D. Eugenio afirmou também que
eventuais atos contra a vinda do
papa partiriam de "algumas pessoas evangélicas" e não "dos
evangélicos". Ele disse que tem recebido "apoios de pastores protestantes de diversas denominações".
"Devemos evitar que esse bom
relacionamento com inúmeras denominações protestantes sofra
qualquer prejuízo", afirmou, em
entrevista na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do
Rio de Janeiro), no centro.
O cardeal disse achar "muito
justa" a participação anteontem
do presidente Fernando Henrique
Cardoso no 2º Congresso Mundial
das Assembléias de Deus, em São
Paulo.
"Aliás, ele disse que era presidente de todos os brasileiros e não
só dos católicos. Portanto, acho
muito natural que ele esteja lá",
declarou.
D. Eugenio participou do lançamento oficial do CD "João Paulo
2º - História de uma Vida Santa".
Em 70 minutos de gravação, em
forma de radionovela, atores contam a história da vida do polonês
Karol Wojtyla, mais tarde papa
João Paulo 2º.
Ao preço médio de R$ 15, o CD
tem como objetivo popularizar a
vida do papa. "Este CD vai trazer
para o povo o exemplo de uma vida, de uma alma santa", afirmou d.
Eugenio.
O cardeal voltou a criticar a ação
da Associação das Mulheres Católicas pelo Aborto. "Essas mulheres não são católicas, pois são contra a Igreja Católica", disse.
A associação fez manifestação
anteontem em praias do Rio defendendo o aborto, condenado pela igreja mesmo nos casos autorizados pela legislação brasileira
(gestação em caso de estupro ou
ameaça à vida da mãe).
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