São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2000

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Candidato deve tentar governo mais uma vez

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Derrotado para a prefeitura, Paulo Maluf tornou-se o candidato preferencial dos partidos de centro-direita para a disputa do governo paulista, em 2002. "Ele sobreviveu e continua um candidato forte a governador. Com chances maiores do que quando entrou nessa campanha para tentar ser prefeito", diz o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC).
No PPB, Maluf recuperou parte de seu prestígio. O nem sempre aliado incondicional Esperidião Amin (PPB), governador de Santa Catarina, diz: "Em São Paulo, Maluf agora está obrigado a disputar o governo do Estado em 2002".
Amin considera cômoda a posição de Maluf: "Ele ganhou esses votos sozinho, sem o apoio de nenhuma das principais forças políticas de São Paulo. Foi um prodígio conseguir ir ao segundo turno. Fez uma campanha sempre em ascensão. É um vencedor".
Adversário de Maluf em São Paulo, Orestes Quércia (PMDB) também tem reconhecido a interlocutores que o pepebista saiu menos derrotado do que imaginava na eleição. Quércia faz porém uma ressalva: o eleitorado malufista é hoje menor do que costumava ser no interior.
Apesar de se sentir vitorioso, Maluf foi aconselhado pelos aliados a não se pronunciar sobre seu futuro. Avalia que só teria a perder: "Não é hora de pensar no futuro. Vou passar os próximos 60 dias dando telefonemas e fazendo visitas a quem me apoiou. A única coisa que posso dizer é que continuo na vida pública", disse Maluf.
O pepebista pretende jogar com a possibilidade (remota) de tentar mais uma vez a Presidência. Essa sempre foi sua maior obsessão. No final, recuaria para tentar apenas o governo paulista.
Amin confirma essa estratégia de jogar com uma hipótese improvável: "Maluf para presidente? Eu não sei. Precisamos ver na época. Se houver dispersão dos partidos da base aliada, quem sabe o Maluf poderá então também ser candidato a presidente". Nessa hipótese, seria difícil uma vitória? Amin acha que sim, com uma ressalva. "Pois é, mas alguém vai passar para o segundo turno". (FERNANDO RODRIGUES)


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