KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Alfredo Nascimento (PL), 48, se reelegeu ontem prefeito de Manaus (AM) com 50,78% dos votos válidos. Eduardo Braga (PPS) ficou com 49,22%.
Na intenção de agregar mais votos de possíveis simpatizantes, Nascimento visitou os bairros das zonas leste e oeste.
Depois foi para a sua casa, no bairro Adrianópolis, na região centro-sul. Ele permaneceu no local até o final da apuração.
"A minha vitória significa que o trabalho social que estamos fazendo na cidade está sendo aprovado pela população."
O prefeito e Braga votaram cedo, por volta das 9h da manhã (11h no horário de Brasília).
O candidato derrotado já previa que a disputa seria acirrada. "Será uma decisão voto a voto. O que vai fazer a diferença é o que cada um dos candidatos representa: um é o continuísmo do que está aí, e o outro é a mudança dos métodos de combater os problemas da cidade", disse Braga.
"É uma eleição muito disputada, as pesquisas (locais) provaram isso. Eu sou uma pessoa resignada e acredito em Deus", afirmou Nascimento, que estava com um rosário no bolso da calça no momento da votação.
Ele disse ser devoto de São Francisco de Assis. "Uso o rosário por crença e tradição", afirmou.

Ataques
Nascimento não dispensou os ataques ao adversário. Em pergunta sobre o apoio dos partidos de esquerda e do PSDB ao candidato do PPS, Nascimento disse à Agência Folha que havia "acordo e barganhas".
"PT, PC do B e PSDB são coisas desiguais. É uma hipocrisia não dizer que teve barganha. Eles não têm entendimento." "Meu adversário é que fez acordos", disse Braga.
Foram presas 55 pessoas sob acusação de praticar boca-de-urna. O governador Amazonino Mendes (PFL), 60, disse, depois de votar, que será candidato em 2002, provavelmente a uma cadeira do Senado. "Vou entrar duro no processo político", disse Amazonino.


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