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FORTALEZA
Peemedebista consegue segundo mandato na capital cearense com 53,97% dos
votos válidos, contra 46,03% de Inácio Arruda (PC do B); diferença total foi de 75.384 votos
Juraci é reeleito com pequena vantagem
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
OSCAR PILAGALLO
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA
O prefeito de Fortaleza, Juraci
Magalhães (PMDB), 69, confirmou o favoritismo e venceu o segundo turno da eleição na capital
do Ceará, mas com vantagem inferior à prevista.
Juraci, que liderou uma frente
conservadora, teve 53,97% dos
votos válidos (512.655 votos). Seu
adversário, Inácio Arruda (PC do
B), 43, à frente de uma aliança de
esquerda, ficou com 46,03%
(437.271 votos).
A diferença de quase oito pontos percentuais é bem menor que
a de sexta-feira (21 pontos), o que
indica o crescimento do candidato de oposição na reta final.
"É cada vez mais importante a
participação do governo federal e
do estadual para uma Fortaleza
mais justa", disse o prefeito de
Fortaleza, após conhecer o resultado da boca-de-urna, que dava a
ele 53,5% dos votos.
Este foi o primeiro ano que a
eleição em Fortaleza foi para segundo turno.
No pleito passado, Juraci Magalhães ganhou no primeiro turno,
mantendo sua corrente política
no poder. O primeiro mandato de
Juraci começou em 1988, quando
era vice de Ciro Gomes.
Ele assumiu a prefeitura com a
vitória do titular na eleição para
governador, em 1990.
Juraci conseguiu fazer seu sucessor e, na sequência, voltou a se
candidatar, em 1996.
Com a vitória de ontem, seu
grupo terá ficado, até o fim do
mandato, quase 15 anos no poder
municipal.
Ao se afastar de Ciro Gomes, o
atual prefeito quebrou a hegemonia política do grupo liderado pelo governador Tasso Jereissati
que, desde 1986, pratica um "governo de mudança" no Ceará.
Identificados com um projeto
modernizador, Ciro e Tasso têm,
no entanto, mais votos no interior
do que na capital. A candidata deles, Patrícia Gomes, ex-mulher de
Ciro, ficou em quarto lugar no
primeiro turno.
A campanha de Juraci foi beneficiada por obras financiadas pelo
governo federal. Fortaleza foi a
única capital em que o PMDB,
partido da coligação que sustenta
FHC, disputou o segundo turno.
Houve muitas denúncias de
corrupção. Inácio acusou a administração de "transferir dinheiro
público à junta familiar", referência a um filho de Juraci, cuja empreiteira toca várias obras.
Essas denúncias, no entanto,
não tiveram impacto eleitoral.
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