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BELÉM
Prédios de prefeitura e secretarias municipais da cidade passaram a manhã lacrados por ordem da Justiça Eleitoral
Petista consegue se reeleger em disputa apertada
ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A BELÉM E
LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O candidato do PT Edmilson
Rodrigues, 43, foi reeleito prefeito
de Belém, com 50,75% dos votos
válidos, contra 49,25% de seu rival Duciomar Costa (PSD), 46.
O dia da eleição foi marcado por
acusações de ambos os lados. Os
prédios da prefeitura e das secretarias municipais passaram a manhã lacrados por ordem da Justiça
Eleitoral. O candidato Duciomar
Costa (PSD) entrou com uma representação judicial no TRE pedindo a intervenção da Polícia Federal para evitar que o prefeito
Edmilson Rodrigues (PT), candidato à reeleição, usasse a máquina
municipal.
Os agentes ocuparam os prédios na madrugada. Por volta das
12h, a decisão foi revogada pelo
juiz federal Daniel Paes Ribeiro
porque a medida estava afetando
o abastecimento de combustível
de ambulâncias.
Os dois adversários passaram o
dia trocando acusações de abuso
eleitoral. O PT entrou com representação contra o jornal "A Província do Pará" por publicar em
manchete uma pesquisa apontando a vitória de Duciomar Costa.
Segundo o PT, a pesquisa não teria sido registrada no TRE.
A assessoria jurídica de Duciomar Costa, por sua vez, acusou
funcionários da prefeitura de estarem recolhendo títulos eleitorais de pessoas mortas com o propósito de fraudar a eleição.
O PSD pediu à Justiça Eleitoral
que exigisse a apresentação de
carteira dos eleitores para impedir a suposta tentativa de fraude.
A presidente do TRE, Yvonne
Santiago Marinho, negou o pedido. Segundo ela, a lei não prevê tal
procedimento. A desembargadora, no entanto, considera que o
modelo atual do título, sem fotografia, permite que uma pessoa
vote no lugar de outra.
Em resposta à acusação de Duciomar Costa, o PT entrou com
nova representação, pedindo
abertura de inquérito por calúnia
e abuso eleitoral.
Apesar das acusações, a cidade
teve uma eleição tranquila, contrariando os prognósticos de violência feitos pelos partidos e pela
própria Justiça Eleitoral.
O prédio do TRE foi protegido
por 50 soldados do Exército, e o
restante da tropa foi mantido no
quartel para a possibilidade de
conflitos. A Polícia Militar colocou 2.500 homens nas ruas.
Rodrigues e Costa tiveram a
proteção de agentes da Polícia Federal, mas preferiram passar a
maior parte do dia em casa.
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