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CAMPOS
Policiais militares e promotores flagram pagamento de R$ 50 a militantes e apuram ainda se houve compra de voto
PM invade sede do PMDB; Garotinho vê absurdo
SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS (RJ)
Uma equipe do Ministério Público Estadual e da PM (Polícia
Militar) invadiu na noite de ontem a sede do PMDB de Campos
(a 280 km do Rio). Com um mandado judicial de busca e apreensão, ela flagrou o pagamento de
pessoas pelo comando de campanha do candidato Geraldo Pudim
(PMDB), que é apoiado pelo ex-governador e presidente estadual
do partido, Anthony Garotinho, e
por sua mulher, a governadora
Rosinha Matheus.
Cada pessoa estava recebendo
R$ 50. O Ministério Público, que
chegou ao local às 19h30, investiga
se as pessoas estariam sendo contratadas para fazer boca-de-urna
na eleição de amanhã, o que é
proibido pela legislação. Os promotores apuram ainda se haveria
compra de votos no local.
Pelo menos cem pessoas estavam dentro e fora da sede a espera
do pagamento. O secretário estadual de Integração Governamental, Luiz Rogério Magalhães, que é
tesoureiro do PMDB, estava no
diretório coordenando a distribuição do dinheiro. Ele afirmou
que os recursos eram apenas para
pagar militantes da campanha.
Logo após a invasão, Garotinho
chegou ao local, onde permaneceu por 1 hora e 15 minutos. Ele
considerou a ação uma "arbitrariedade sem precedentes". "Entrou um sujeito armado que botou a arma na cabeça de um rapaz
que estava fazendo o pagamento", disse. Para ele, a suspeita de
compra de votos é absurda. "Como compra de votos? Você acha
que eu ia comprar votos na sede
do partido, no centro da cidade?"
A Justiça Eleitoral decidiu ontem proibir que crianças acompanhem os adultos até a cabine de
votação em Campos. Fiscais do
TRE descobriram um esquema de
compra de votos posto em prática
com a participação de meninos.
Em Campos, disputam Pudim e
o pedetista Carlos Alberto Campista, que tem o apoio do prefeito
Arnaldo Vianna (PDT).
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