São Paulo, Quinta-feira, 30 de Dezembro de 1999


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SÃO PAULO
"Seria bom se prefeitura e Estado estivessem juntos", diz Covas
Cerimônia oficial vira ato de apoio à candidatura Alckmim

da Reportagem Local

A assinatura de contratos para projetos habitacionais do governo, realizada ontem no Palácio dos Bandeirantes, virou um ato de apoio à possível candidatura do vice-governador, Geraldo Alckmin (PSDB), à Prefeitura de São Paulo.
Três dos cinco oradores se referiram a Alckmin como "futuro prefeito" ou "candidato".
O próprio governador, Mário Covas (PSDB), sugeriu, de maneira velada, seu apoio ao vice. "Não posso fazer campanha eleitoral, senão a Justiça pode me multar, mas seria muito bom se a prefeitura e o Estado estivessem juntos", disse Covas.
Dezenas de representantes de associações de bairro participaram da cerimônia que, segundo o governador, vai se repetir todos os meses até o final do próximo ano.
Alckmin é apontado como virtual candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2000. Outro tucano, o prefeito de Paranapanema, Edberto Mendes, foi escolhido para representar todas as prefeituras do Estado na cerimônia.
Questionado sobre a coincidência entre o anúncio mensal dos contratos e as eleições municipais, Covas respondeu: "Então vamos parar todas as obras do ano que vem, senão a imprensa reclama".
Para o advogado Walter Ceneviva, especialista em direito eleitoral, é difícil enquadrar as declarações de Covas como crime eleitoral, embora existam elementos de propaganda irregular. "A forma que o governador usou permitiria uma boa defesa", disse.


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