|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÃO PAULO
"Seria bom se prefeitura e Estado estivessem juntos", diz Covas
Cerimônia oficial vira ato de
apoio à candidatura Alckmim
da Reportagem Local
A assinatura de contratos para
projetos habitacionais do governo, realizada ontem no Palácio dos Bandeirantes, virou um
ato de apoio à possível candidatura do vice-governador, Geraldo Alckmin (PSDB), à Prefeitura de São Paulo.
Três dos cinco oradores se referiram a Alckmin como "futuro prefeito" ou "candidato".
O próprio governador, Mário
Covas (PSDB), sugeriu, de maneira velada, seu apoio ao vice.
"Não posso fazer campanha
eleitoral, senão a Justiça pode
me multar, mas seria muito
bom se a prefeitura e o Estado
estivessem juntos", disse Covas.
Dezenas de representantes de
associações de bairro participaram da cerimônia que, segundo
o governador, vai se repetir todos os meses até o final do próximo ano.
Alckmin é apontado como
virtual candidato do PSDB à
Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2000. Outro tucano, o
prefeito de Paranapanema, Edberto Mendes, foi escolhido para representar todas as prefeituras do Estado na cerimônia.
Questionado sobre a coincidência entre o anúncio mensal
dos contratos e as eleições municipais, Covas respondeu: "Então vamos parar todas as obras
do ano que vem, senão a imprensa reclama".
Para o advogado Walter Ceneviva, especialista em direito
eleitoral, é difícil enquadrar as
declarações de Covas como crime eleitoral, embora existam
elementos de propaganda irregular. "A forma que o governador usou permitiria uma boa
defesa", disse.
Texto Anterior: Estados: PSDB tem melhor e pior governador Próximo Texto: Funcionalismo não vai ter aumento no RS Índice
|