São Paulo, Quinta-feira, 30 de Dezembro de 1999


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ESTADOS
Tasso Jereissati, do Ceará, passou Garotinho (PDT-RJ) e lidera ranking; Covas, de SP, está em último
PSDB tem melhor e pior governador


JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
da Reportagem Local

O PSDB tem o pior e o melhor governador entre os dez pesquisados pelo Datafolha. Por coincidência, Tasso Jereissati, do Ceará, e Mário Covas, de São Paulo, são também dois dos potenciais candidatos tucanos à sucessão de Fernando Henrique Cardoso na Presidência.
O cearense passou, em dezembro, a liderar o ranking de governadores, com nota média de 7,7 e 70% de aprovação. Já o governador paulista caiu para último, com um saldo bastante negativo: 4,3 de nota e apenas 24% de aprovação, contra 38% de rejeição.
Na classificação anterior, feita em junho pelo Datafolha, Tasso estava na segunda colocação, atrás de Anthony Garotinho (PDT), do Rio. E Covas era o penúltimo, à frente de Joaquim Roriz (PMDB), do Distrito Federal.
No ranking de dezembro, Garotinho ficou com nota 7,3 e 65% de aprovação. Tinha obtido 68% de bom/ótimo e 7,6 em junho. Sua variação ficou, portanto, dentro da margem de erro, que no seu caso é de três pontos percentuais, mas a diminuição da nota lhe custou o primeiro lugar.
O governador César Borges (PFL), da Bahia, segue em 3º lugar com nota 6,9 e 55% de aprovação, praticamente os mesmos índices que obtivera na pesquisa anterior (6,9 e 57%, respectivamente).
Esperidião Amin (PPB), de Santa Catarina, também segue estável em quarto lugar. Sua nota média oscilou de 6,7 para 6,6 e sua aprovação, de 51% para 54%.
A partir da quinta posição, o ranking apresenta várias mudanças. O pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), que era o sexto em junho, ganhou uma posição. Sua nota subiu de 6,1 para 6,4, e sua aprovação cresceu de 43% para 52% dos entrevistados.
Itamar Franco (ex-PMDB) também parece estar em ascensão em Minas. Saiu do sétimo para o sexto lugar, sua nota cresceu de 5,8 para 6,2, e sua taxa de ótimo/bom oscilou de 44% para 47%.
O paranaense Jaime Lerner (PFL) seguiu em direção oposta: caiu da quinta para a sétima colocação de junho para dezembro. Embora continuem positivos, a nota e o percentual de aprovação diminuíram: de 6,2 para 5,8, e de 52% para 46%, respectivamente.
Joaquim Roriz (PMDB-DF) foi beneficiado pela queda de outros governadores e subiu do último para o oitavo lugar, mas continua mal-avaliado. Sua nota média ainda é 4,8, sua aprovação oscilou de 30% para 28%, e sua reprovação passou de 35% para 39%.
Olívio Dutra (PT) caiu de oitavo para nono porque sua popularidade declinou entre os gaúchos. A nota média dada a seu governo perdeu meio ponto: foi de 4,9 para 4,4. Ao mesmo tempo, aqueles que o aprovam caíram de 30% para 21%, e os que o rejeitam subiram de 28% para 37%.
Agora em décimo lugar, Covas teve uma trajetória muito diferente da de seu colega tucano Tasso Jereissati ao longo de 1999 -apesar de ambos estarem no primeiro ano de seu segundo mandato consecutivo.
Tasso praticamente manteve-se estável, oscilando de 72% de ótimo/bom em dezembro de 1998 para 69% em junho deste ano e 70% agora. Sua nota passou de 7,6 para 7,7 nos últimos seis meses.
Covas tinha uma avaliação positiva em dezembro de 1998: com 38% de aprovação e 23% de ruim/péssimo, vivia seu melhor momento no governo desde dezembro de 1995, seu recorde de popularidade.
Mas a partir daí, desandou: seu percentual de aprovação caiu para 28% em junho, ficou em 27% em setembro e passou a 24% agora. Ao mesmo tempo, o percentual de ruim/péssimo de Covas subiu de 23% para 29%, 30% e 38%, respectivamente.
Como consequência dessa perda de popularidade -acelerada nos últimos meses pela sequência de fugas e rebeliões na Febem-, a nota média de Covas caiu de 4,9 em junho para 4,3 em dezembro.
Apesar da avaliação muito melhor do que a do governador paulista, Tasso não consegue traduzir isso em votos para presidente.
Ele passou de 3% para 2% nos últimos seis meses -e grande parte dos seus eleitores vem do Ceará, onde tem 33% das intenções de voto. No cenário em que aparece como presidenciável tucano, Covas passou de 4% para 5% das intenções de voto.


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