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ESTADOS
Tasso Jereissati, do Ceará, passou Garotinho (PDT-RJ) e lidera ranking; Covas, de SP, está em último
PSDB tem melhor e pior governador
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
da Reportagem Local
O PSDB tem o pior e o melhor
governador entre os dez pesquisados pelo Datafolha. Por coincidência, Tasso Jereissati, do Ceará,
e Mário Covas, de São Paulo, são
também dois dos potenciais candidatos tucanos à sucessão de
Fernando Henrique Cardoso na
Presidência.
O cearense passou, em dezembro, a liderar o ranking de governadores, com nota média de 7,7 e
70% de aprovação. Já o governador paulista caiu para último,
com um saldo bastante negativo:
4,3 de nota e apenas 24% de aprovação, contra 38% de rejeição.
Na classificação anterior, feita
em junho pelo Datafolha, Tasso
estava na segunda colocação,
atrás de Anthony Garotinho
(PDT), do Rio. E Covas era o penúltimo, à frente de Joaquim Roriz (PMDB), do Distrito Federal.
No ranking de dezembro, Garotinho ficou com nota 7,3 e 65% de
aprovação. Tinha obtido 68% de
bom/ótimo e 7,6 em junho. Sua
variação ficou, portanto, dentro
da margem de erro, que no seu
caso é de três pontos percentuais,
mas a diminuição da nota lhe custou o primeiro lugar.
O governador César Borges
(PFL), da Bahia, segue em 3º lugar
com nota 6,9 e 55% de aprovação,
praticamente os mesmos índices
que obtivera na pesquisa anterior
(6,9 e 57%, respectivamente).
Esperidião Amin (PPB), de Santa Catarina, também segue estável
em quarto lugar. Sua nota média
oscilou de 6,7 para 6,6 e sua aprovação, de 51% para 54%.
A partir da quinta posição, o
ranking apresenta várias mudanças. O pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), que era o sexto
em junho, ganhou uma posição.
Sua nota subiu de 6,1 para 6,4, e
sua aprovação cresceu de 43% para 52% dos entrevistados.
Itamar Franco (ex-PMDB) também parece estar em ascensão em
Minas. Saiu do sétimo para o sexto lugar, sua nota cresceu de 5,8
para 6,2, e sua taxa de ótimo/bom
oscilou de 44% para 47%.
O paranaense Jaime Lerner
(PFL) seguiu em direção oposta:
caiu da quinta para a sétima colocação de junho para dezembro.
Embora continuem positivos, a
nota e o percentual de aprovação
diminuíram: de 6,2 para 5,8, e de
52% para 46%, respectivamente.
Joaquim Roriz (PMDB-DF) foi
beneficiado pela queda de outros
governadores e subiu do último
para o oitavo lugar, mas continua
mal-avaliado. Sua nota média
ainda é 4,8, sua aprovação oscilou
de 30% para 28%, e sua reprovação passou de 35% para 39%.
Olívio Dutra (PT) caiu de oitavo
para nono porque sua popularidade declinou entre os gaúchos. A
nota média dada a seu governo
perdeu meio ponto: foi de 4,9 para 4,4. Ao mesmo tempo, aqueles
que o aprovam caíram de 30% para 21%, e os que o rejeitam subiram de 28% para 37%.
Agora em décimo lugar, Covas
teve uma trajetória muito diferente da de seu colega tucano Tasso
Jereissati ao longo de 1999 -apesar de ambos estarem no primeiro ano de seu segundo mandato
consecutivo.
Tasso praticamente manteve-se
estável, oscilando de 72% de ótimo/bom em dezembro de 1998
para 69% em junho deste ano e
70% agora. Sua nota passou de 7,6
para 7,7 nos últimos seis meses.
Covas tinha uma avaliação positiva em dezembro de 1998: com
38% de aprovação e 23% de
ruim/péssimo, vivia seu melhor
momento no governo desde dezembro de 1995, seu recorde de
popularidade.
Mas a partir daí, desandou: seu
percentual de aprovação caiu para 28% em junho, ficou em 27%
em setembro e passou a 24% agora. Ao mesmo tempo, o percentual de ruim/péssimo de Covas
subiu de 23% para 29%, 30% e
38%, respectivamente.
Como consequência dessa perda de popularidade -acelerada
nos últimos meses pela sequência
de fugas e rebeliões na Febem-,
a nota média de Covas caiu de 4,9
em junho para 4,3 em dezembro.
Apesar da avaliação muito melhor do que a do governador paulista, Tasso não consegue traduzir
isso em votos para presidente.
Ele passou de 3% para 2% nos
últimos seis meses -e grande
parte dos seus eleitores vem do
Ceará, onde tem 33% das intenções de voto. No cenário em que
aparece como presidenciável tucano, Covas passou de 4% para
5% das intenções de voto.
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