São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2001

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Radicalização de disputa obriga FHC a se manter afastado de eleição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A radicalização da disputa pelas presidências da Câmara e do Senado obrigou ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso a se manter afastado.
A avaliação de FHC é que a situação na base política do governo é tão delicada que não lhe restaria outra alternativa senão esperar o desfecho da disputa entre o PFL e da aliança PSDB-PMDB.
Ainda segundo a avaliação feita pelo Planalto, o quadro da sucessão é praticamente irreversível. O governo julga fortalecidas as candidaturas de Jader Barbalho (PMDB-PA) para presidir o Senado e de Aécio Neves (PSDB-MG) para comandar a Câmara.
FHC acompanha a radicalização do PFL com preocupação. Ontem, ele orientou os líderes governistas a evitar a qualquer custo a votação do projeto de emenda constitucional que limita a edição de medidas provisórias.
Esse projeto seria incluído na pauta do período de convocação extraordinária do Congresso que antecede a eleição para as duas Casas, no dia 14 de fevereiro.
Se o projeto fosse votado no clima de disputa em que se encontram os aliados governistas, FHC provavelmente teria limitado o poder de usar medidas provisórias -é o prognóstico da cúpula política do governo. O resultado seria mais dificuldade para o presidente governar nos dois anos que lhe restam de mandato.
FHC articula uma resposta ao discurso de anteontem de ACM, no qual o pefelista criticou o uso que o governo faz das MPs. O pefelista disse que "este governo não fez nada mais do que os outros para impedir a reedição de MPs".
A auxiliares, ele disse que ACM preside o Congresso há quatro anos e que, se quisesse, poderia ter votado MPs. Um tucano, provavelmente Arthur Virgílio (AM), deve responder a ACM. (MARTA SALOMON E KENNEDY ALENCAR)

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