DA AGÊNCIA FOLHA

Ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro das Cidades, Olívio Dutra será o candidato do PT ao governo gaúcho nas eleições deste ano. A sua inscrição foi feita pela direção da Executiva ontem, data-limite estipulada pela legenda no Estado.
Dessa forma, não haverá prévias para definição do candidato, ao contrário do que ocorreu em 1998 e 2002. O nome de Olívio será referendado num encontro estadual marcado para 18 de março.
Em 1998, Olívio venceu Tarso Genro (ex-prefeito de Porto Alegre) nas prévias. Ele acabou eleito governador, derrotando Antônio Britto (PMDB), que tentava a reeleição, no segundo turno.
A disputa nas prévias foi reeditada em 2002, mas naquela ocasião foi Tarso (que deixara a Prefeitura de Porto Alegre para ser candidato) quem acabou saindo vencedor dentro do partido.
Ele, porém, foi derrotado por Germano Rigotto (PMDB), no mesmo ano em que o PT conseguiu eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República.
Olívio acabou sendo nomeado ministro das Cidades no governo Lula, cargo que ocupou de janeiro de 2003 a julho de 2005.
Olívio, que é presidente do PT no Rio Grande do Sul, disse que o consenso em favor da sua candidatura foi construído de forma "coletiva e solidária".
"Dentre estes construtores estão os companheiros Tarso Genro, [o senador] Paulo Paim, nossos deputados estaduais e federais, nossos prefeitos e vices, nossos vereadores e vereadoras e toda nossa militância", declarou.
"Não vamos adjetivar nossos adversários, vamos discutir programa", concluiu Olívio, no que deverá ser o tom da campanha.
O Rio Grande do Sul foi considerado um símbolo da administração petista, pelas medidas adotadas (como o orçamento participativo) e pela sucessão tanto no governo do Estado quanto na Prefeitura de Porto Alegre. Atualmente, porém, o partido não controla nenhum dos dois. O prefeito da capital é José Fogaça (PPS), que ganhou a eleição de 2004 e colocou um ponto final em 16 anos seguidos de gestões petistas.
O governador Germano Rigotto pode concorrer contra Olívio Dutra pela reeleição. Mas seu principal objetivo é ser o candidato do PMDB para a Presidência.
(EDUARDO DE OLIVEIRA)


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