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Painel
Guerra dos números
Enquanto a Confederação Nacional da Indústria divulga pesquisa mostrando que FHC vence
a eleição de outubro no 1º turno,
Ciro Gomes (PPS) espalha que
um levantamento Vox Populi dá
como certo o 2º turno.
Costura por cima
Ainda indeciso sobre seu futuro político, Itamar tem uma certeza: não aceita beijar a mão de
Newton Cardoso, que controla o
PMDB de Minas, para ser candidato a governador. Se optar por
isso, jogará para FHC a missão
de fazer Newtão lhe dar a sigla.
Confusão é meu nome
A sucessão em Minas, sem o fator Itamar, caminha para um enfrentamento da aliança PT-PSB
contra PSDB-PFL-PTB. Dizem
que Newtão (PMDB) desistiu de
ser candidato. Se o peemedebista
Itamar disputar o governo, chacoalha todo o quadro.
Promessa é dívida
De Temer: "Não termino meu
mandato de presidente da Câmara sem votar todos os processos de cassação de mandato de
deputados". Acha que dá para
votar em março todos os seis.
Morreu pela boca
Depois de dizer que a liberação
de verbas do El Niño para os
aliados era "óbvia", Ricardo
Barbosa deixou a Secretaria da
Comunicação da Secretaria de
Políticas Regionais. O Planalto
não gostou da explicação.
Desvio de finalidade
O TSE pediu à Procuradoria
Geral Eleitoral que, a partir de
segunda, analise com pente fino
os programas gratuitos dos partidos na TV e no rádio. O tribunal acha que houve campanha
eleitoral disfarçada em 97.
Pura intriga
Duda -apelido de David
Zylbersztajn (ANP) tornado público ontem por Serjão- causou frisson na Petrobrás.
Guerra verde
Fábio Feldmann (SP), secretário de Meio Ambiente, duvida
do argumento do Ibama de que a
devastação da Amazônia ocorre
porque a legislação é ruim: "Em
São Paulo, conseguimos aplicar
as multas sem problemas".
Virando a mesa
O líder do PTB na Câmara,
Paulo Heslander (MG), avisou
Luís Eduardo Magalhães de que
seu partido votará contra a criação de um novo imposto sobre
combustíveis. O líder do governo não fez nenhuma objeção.
O ministro e o lobby
Além do PTB, o PSDB também
já disse que vota contra o novo
imposto sobre combustíveis.
Ninguém que dar munição a Padilha (Transportes), do PMDB,
que só para estradas teria mais
R$ 1 bi. Mas a bancada dos usineiros é forte e quer o imposto.
Passando a limpo
Sem alarde, o Alto Comando
da Aeronáutica passou dois dias
reunido no início da semana.
Agenda: a compra de aviões pela
Marinha, a independência da Infraero e a criação da Agência Nacional de Transportes. Pode sair
documento com as conclusões.
Mudança de atitude
Um dos nomes mais refratários à coligação com o PT, Jacó
Bittar já admite conversar sobre
a aliança PT-PSB para a eleição
presidencial. Desde que São
Paulo, onde prefere Quércia, fique de fora do acordo.
Vento a favor
O PT de Sergipe, que namora a
candidatura de Jackson Barreto
(PMDB) ao governo estadual,
avisou Lula de que não será obstáculo à aliança nacional com o
PSB. Pode fazer acordo com Antônio Carlos Valadares (PSB).
Montando o time
Os economistas Paulo Nogueira Batista Jr. e João Machado,
que participaram da campanha
de Lula à Presidência em 94, estão cotados para integrar a equipe de Marta Suplicy (PT) na disputa pelo governo paulista.
Fato raro
O PFL paraibano rachou. De
seus 5 deputados estaduais, 4 declararam apoio à reeleição de José Maranhão (PMDB) que disputará com o pefelista Raimundo Lira. O governador tem apoio
de 22 dos 60 prefeitos pefelistas.
TIROTEIO
De Cunha Lima (PPB-SP), que
é contrário à coligação do PPB
com o PFL na eleição de São
Paulo e reivindica para si a candidatura de vice:
- O PFL primeiro vai levar a
vice, depois vai querer a vaga no
Senado e por fim as principais
secretarias de governo, como
ocorre atualmente na prefeitura.
É muito, em troca de alguns minutos na televisão.
CONTRAPONTO
Caratê peemedebista
Além da definição sobre a situação do presidente da legenda,
Paes de Andrade, e sobre o calendário das decisões do PMDB
a respeito da eleição presidencial
deste ano, a reunião de anteontem da Executiva do partido era
muito esperada por um motivo
mais prosaico.
Geddel Vieira Lima (BA), líder
na Câmara, e o senador paranaense Roberto Requião haviam
trocado ofensas recentemente e
ameaçavam resolver as diferenças no braço.
Na véspera da reunião, Geddel
se encontrou em um dos corredores da Câmara com Moreira
Franco (RJ), que também é do
grupo governista do partido.
Franco advertiu Geddel de que
Requião é bem mais alto do que
o parlamentar baiano.
E resolveu dar um conselho,
em tom de brincadeira:
- Geddel, os baixinhos têm
uma vantagem: abaixe a cabeça,
vai correndo na linha da cintura
e arrebente com a virilidade do
Requião.
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