São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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PAINEL

Bandeira eleitoral

O PFL vai agitar a causa do salário mínimo até as eleições. A decisão foi tomada ontem pela Executiva do partido. Depois da avaliação de que PMDB e PSDB querem tirar o assunto de pauta logo para não ter de enfrentá-lo nos palanques municipais.

Primeiro turno

O PFL avalia que vale o risco de manter o mínimo na ordem do dia. Julga que já tem três prefeituras importantes garantidas (Curitiba, Recife e Salvador) e está no páreo no Rio, enquanto PSDB e PMDB têm perspectivas mais acanhadas.

Segundo turno

Análise pefelista: é bobagem discutir agora as presidências da Câmara e do Senado ou a composição da chapa presidencial governista em 2002. As eleições de outubro é que vão cacifar as legendas. Nesse ponto, a sigla acha que larga na frente.

Bala perdida

Chamado de algoz do salário mínimo por ACM, José Serra (Saúde) reagiu bem-humorado: "Ele costuma dizer também que eu estava em Dallas no dia 22 de novembro de 1963, dando instruções para Lee Oswald quando JFK foi assassinado".

Estratégia palaciana

Na contramão do PFL, o Planalto quer votar a MP do mínimo na comissão especial já na próxima semana. Para tentar encerrar o assunto, que só tem aborrecido FHC. O projeto de lei complementar que cria o piso regional também deve ser votado direto no plenário.

Lenha na fogueira

No meio da reunião da Executiva do PFL, Roseana Sarney (MA), que deixou a linha de frente da batalha do mínimo, ligou. Recado: o partido não devia largar a bandeira dos R$ 177.

Costas quentes

Havia muito que Jader Barbalho (PMDB) queria desafiar ACM em público. Só o fez anteontem depois de sentir que tinha retaguarda consistente no Planalto. O senador paraense estava soltando rojão ontem.

Dito por não dito

Andrea Matarazzo (Comunicação Social) telefonou para Malan quando soube que o ministro da Fazenda esperava dele um convite formal para participar hoje do 44º Congresso Estadual de Municípios, no Guarujá. Disse que não tem nada a ver com a organização do evento. O primeiro vai; o segundo, não.


Minha gente

Celso Pitta (PTN) tem reiterado entre amigos que seu maior erro foi ter saído do PPB de Maluf sem ter acertado antes sua transferência para uma legenda de porte. Tornou-se um alvo fácil. O fantasma do PRN de Collor assombra o prefeito.

Malmequer

Antes de ingressar no nanico PTN, Pitta foi rejeitado por PMDB, PTB e PL. O prefeito reconhece que as articulações na época foram mal costuradas. No caso do PMDB, o negócio desandou quando Quércia soube que Pitta estava conversando também com Michel Temer.

Noiva rebelde
"Nunca pedi, jamais recebi convite e nem disse que aceito." Frase de José Roberto Batochio, presidente do PDT de SP, sobre negociações para ser vice na chapa de Marta Suplicy (PT). É o efeito Erundina (PSB) agindo.

Falou comigo?

Paulinho, da Força Sindical, foi provocado pelo presidente, ontem no Planalto: "Por que você não aceita ser vice do Geraldinho (Alckmin)?", perguntou FHC. Filiado ao PTB, o sindicalista fez que não ouviu. Prefere apoiar Erundina (PSB).

Tiro ao alvo

PSDB e o PTB ainda não anunciaram a coligação para a eleição paulistana porque sonham com um anúncio em bloco com o PFL. Os pefelistas de SP dizem que até o fim de abril derrubam o "xerife" Tuma.

Visitas à Folha
Cesar Mata Pires, presidente da construtora OAS Ltda., visitou ontem a Folha.

O advogado Saulo Ramos, ex-ministro da Justiça (governo Sarney), e o presidente da LMS Serviços Empresariais, Luiz Sales, visitaram ontem a Folha.

TIROTEIO

Do deputado João Paulo (PT-SP), sobre a derrota de ACM na definição do salário mínimo:
- A era ACM está chegando ao fim. Nem o mínimo ele consegue mais garantir.

CONTRAPONTO

Um já é demais
Desde que denunciou o marido, a ex-primeira-dama Nicéa Pitta tem se portado como uma atriz de cinema em dia de Oscar.
Quase diariamente, uma cabeleireira e um maquiador vão ao apartamento de Nicéa, nos Jardins, para aprontar o seu visual.
Em seguida, ela sempre desce para conceder entrevistas às dezenas de repórteres que passam o dia em frente ao seu prédio.
Perguntada sobre a cabeleireira, um pouco envergonhada, Nicéa tentou se justificar:
- O médico me proibiu de lavar os cabelos. Chamei a cabeleireira por questão de higiene...
Vaidosa, Nicéa faz questão de estar cercada por flores. Entre os repórteres, circula a versão de que ela mesmo pede para uma floricultura mandar buquês para o seu apartamento.
Uma repórter cutucou:
- Dona Nicéa, a senhora recebe tantas flores. Por acaso está de namorado novo?
Misteriosa, respondeu com um sorriso malicioso:
- Menina, não me arranje problemas. Já basta o Pitta...


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