NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

Começou cedo, ainda com o bate-boca entre ACM e Jader Barbalho. O baiano, que havia atacado os "comentaristas de TV" em aparente referência a Franklin Martins, ouviu então de outros comentaristas, como Míriam Leitão:
- Pelas contas do governo, PSDB, PMDB e dissidentes do PFL darão número suficiente para aprovar a proposta... Os estrategistas não descartam a possibilidade de que o PFL se afaste definitivamente.
Parecia ameaça. Veio outro comentarista com a "saída", Ricardo Boechat:
- O aumento do mínimo passaria a ser em janeiro. O Congresso definiria o valor. Mas a fonte do dinheiro teria que aparecer.
O âncora acrescentou:
- E isso deixaria uma saída honrosa para o PFL.
Uma saída honrosa para ACM era o que quase todos buscavam, ontem. À tarde, a Globo já dizia que o PFL havia achado a "fórmula" -aquela, exatamente, adiantada pelo Bom Dia Brasil.
Mas nada estava fechado, exigindo que seguisse o teatro do apoio a ACM, com reunião e nota do PFL, com visita de Força Sindical e CGT.
Para não deixar dúvida de seu pleno domínio do jogo, FHC chamou as duas centrais, mais a CUT, para dizer fora da agenda que, se necessário, veta os US$ 100 de ACM. Pelo jeito, no que depender de FHC, não tem saída honrosa.

O SPTV começa a entregar os pontos. À noite, registrou que Celso Pitta está retomando o domínio da Câmara.
O telejornal chegou a fazer um balanço com sindicalistas, líderes religiosos, empresariais. Em todos, o tom foi de louvor ao aprendizado democrático -e de derrota.

Sai o escândalo, entra a CPI do Narcotráfico, com destaque para Robson Tuma. A notícia é outra, a campanha municipal é que é a mesma.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br


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