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Exército quer que 64 seja visto "sem ressentimentos"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na ordem do dia relativa
aos 40 anos do golpe militar
de 64, o comandante do
Exército, general Francisco
Albuquerque, sugere que a
data seja vista "como uma
página de nossa história,
com o coração livre de ressentimentos".
O texto, que será lido hoje
em todos os quartéis, é dirigido aos soldados. O general
sugere a eles que considerem
"a importância de viver em
uma sociedade cujos filhos
não estão divididos pelas
paixões ideológicas e não estão expostos às inquietações
do passado".
"Veja o 31 de março de 64
como uma página de nossa
história, com o coração livre
de ressentimentos. Homenageie esse fantástico povo
brasileiro, exemplo da gente
pacificadora, que conquistou a convivência harmônica e busca, otimista, o bem
comum. Gente que também
anseia por mudanças obtidas com segurança e apoiadas no respeito ao próximo",
diz a ordem do dia.
O ministro da Defesa, José
Viegas, também divulgou
uma nota. "A sociedade brasileira reconhece o respeito
incondicional das Forças Armadas ao poder político
emanado das urnas, aos direitos humanos em todas as
suas dimensões e à Justiça,
assim como o seu propósito
de trabalhar, com serenidade, em prol da defesa e da soberania do país e em apoio à
inclusão social e à construção de uma nação mais forte,
mais homogênea e mais solidária", diz o texto.
Os comandos do Exército,
da Marinha e da Aeronáutica disseram que não vão comemorar a data.
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