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Inteligência acompanha manifestações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Setores de inteligência do governo acompanham manifestações e greves previstas para hoje e
para abril como "atos normais da
democracia" e os definem como
de "baixo grau de preocupação".
Esses setores registram, por
exemplo, ato da ONG Ternuma
(Terrorismo Nunca Mais), hoje,
na Esplanada dos Ministérios. O
Ternuma é tido pelos serviços de
inteligência como remanescente
do que chamam de direita militar.
Curiosamente, o site do próprio
Ternuma não se refere a ato hoje,
dia em que o golpe militar de 1964
completa 40 anos. Segundo o site,
só há dois atos previstos até domingo. Um, hoje, para comemorar o 31 de março no Clube Militar
do Rio, reúne militares da reserva
inconformados com os baixos
soldos desde o governo anterior.
O outro está marcado para o domingo, durante a troca da bandeira na Esplanada dos Ministérios.
Essa solenidade, pelo sistema de
rodízio entre as Forças, será comandada pela Marinha. Um grupo liderado pelo deputado federal
Jair Bolsonaro (PTB-RJ) está convocando mulheres e parentes de
militares da ativa para participar
do ato -apresentado como panelaço- para pedir aumentos.
Setores da inteligência do governo dizem que esses eventos
são "naturais" e acompanhados
"à distância", como em outros casos. Exemplos: a greve da Polícia
Federal e a ameaça de um "abril
vermelho" feita pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra), que já comanda perto de 20 invasões em todo o país.
O papel dos órgãos de inteligência é, basicamente, acompanhar
as manifestações. Como afirmou,
sob anonimato, um responsável
pela área, o importante é a ordem
ser mantida. Se não for, instâncias
superiores são acionadas.
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