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RUMO A 2006
Partido inicia ofensiva para proteger imagem do prefeito do Rio, que faz discurso em programa que vai ao ar hoje
PT faz uso eleitoral da saúde, diz PFL na TV
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em programa de televisão que
vai ao ar hoje, no horário nobre, o
prefeito do Rio de Janeiro, Cesar
Maia (PFL), vai defender que a intervenção federal nos hospitais
municipais da cidade teve motivação eleitoreira, devido ao lançamento de sua candidatura à Presidência da República.
O PFL deu início ontem a uma
ofensiva para tentar recuperar a
imagem do prefeito carioca, desgastada após a intervenção federal no Rio. O partido protocolou
ontem uma Adin (Ação Direta de
Inconstitucionalidade) no STF
(Supremo Tribunal Federal) e um
projeto de decreto legislativo contra a interferência na cidade.
"No Rio de Janeiro a situação
não é mais grave [do que em outras cidades]. A preocupação do
governo não é a saúde, é a política", diz o apresentador do programa nacional do partido, que tem
20 minutos e irá ao ar às 20h30.
"É estranho que o governo faça
tanto barulho para assumir responsabilidade que sempre foi dele. Agora, que lancei meu nome à
Presidência da República, o governo lembrou da saúde do Rio de
Janeiro", diz Cesar Maia no vídeo.
Ainda de acordo com o programa, o governo federal não repassou o dinheiro para os servidores
dos hospitais municipais, o que
teria causado uma dívida de R$
192 milhões com a prefeitura.
Também são mostrados números
para dizer que a prefeitura investiu mais em saúde na cidade do
que o governo federal.
"Temos o espaço necessário para mostrar a verdade. Vamos demonstrar que a calamidade na
saúde do Rio é responsabilidade
do governo e está em todo o país",
disse o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen. Uma das
crises em hospitais mostradas é
em Recife, reduto eleitoral do ministro Humberto Costa (Saúde).
O programa tenta mostrar que a
campanha de Cesar à Presidência
não foi abalada. São citadas pesquisas do Ibope em que o prefeito
aparece com 5% das intenções de
voto em novembro de 2004 e com
12% em março deste ano.
O ministro Humberto Costa
(Saúde) disse ontem que Lula não
teria a necessidade de minar a
candidatura do PFL. Segundo ele,
a tese de Cesar Maia de que a intervenção tem motivação política
não se sustenta porque a cidade
estava efetivamente sem serviço
de atenção básica de saúde.
"[A intervenção] não tem nada
a ver com candidaturas. O Brasil é
um país livre. Quem quiser pode-se candidatar", disse Costa.
Colaborou LEILA SUWWAN, da Sucursal
de Brasília
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