São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Correr por fora
Ciro Gomes acredita que, se ultrapassar José Serra nas próximas pesquisas, o presidenciável tucano será "cristianizado pelo PSDB". Boa parte do partido, na sua avaliação, tenderia a apoiá-lo. Em junho, o pré-candidato do PPS terá cerca de 80 minutos de TV nos horários partidários.

Trincheiras amigas
No tucanato, Ciro mantém boas relações com Eduardo Azeredo (MG), Albano Franco (SE), Almir Gabriel (PA) e até Geraldo Alckmin (SP), seu conterrâneo de Pindamonhangaba. E, é claro, Tasso Jereissati.

Carona no ibope
Ciro acha que é uma vantagem os comerciais de TV da Frente Trabalhista estarem programados para junho, mês da Copa. A audiência da TV será mais alta, principalmente no caso de uma boa campanha do Brasil.

No escanteio
Os adversários de Ciro (PPS) dizem que a coincidência de datas entre a Copa e os programas eleitorais pode ser uma desvantagem para ele: ninguém quer saber de política, só de futebol.

Nó sulista
Pimenta da Veiga (PSDB), coordenador da campanha de Serra, discutirá na terça com o ex-prefeito de Joinville Luiz Henrique (PMDB) como resolver o impasse entre os dois partidos em SC. Luiz Henrique quer que os tucanos deixem de apoiar o rival Esperidião Amin (PPB).

Aposta indefinida
O ex-prefeito de Joinville, que chegou a ser cogitado para vice de Serra, disse que a posição do PSDB em SC deve ser decidida até o dia 10, cinco dias antes da convenção do PMDB. Caso isso não ocorra até lá, a bancada catarinense poderá votar contra a coligação nacional com PSDB.

Agora vai
A escolha de Rita Camata para vice de Serra já trouxe consequências para a campanha. O PFL e o PPB do ES anunciaram apoio ao presidenciável tucano.

Minutos finais
A Globo reunirá os assessores dos presidenciáveis na quarta-feira, no Rio, a fim de mostrar-lhes como será a cobertura da emissora na campanha. A TV pretende realizar um debate em 3 de outubro (a eleição é dia 6).

Missão impossível
Rita Camata entrou em campo para convencer seus colegas oposicionistas do PMDB a apoiarem a coligação com o PSDB na convenção de 15 de junho. Já teve reuniões com Pedro Simon e Roberto Requião e agora procura Itamar Franco.

Dobradinha paulista
PSDB e PFL de SP acertaram de fazer juntos suas convenções, no dia 23 de junho, na Assembléia Legislativa, nas quais lançarão oficialmente a candidatura do tucano Geraldo Alckmin para o governo paulista.

Fica para a próxima
Anthony Garotinho (PSB-RJ) frustou um grupo evangélico anteontem em São José do Rio Preto (SP). Com a agenda atrasada, o presidenciável deixou a cidade sem assistir ao número de canto e dança que havia sido ensaiado para recebê-lo.

Chapa pura
Nomes cotados para a vice de José Genoino, pré-candidato do PT ao governo de SP: a deputada Ângela Guadagnin e José Baccarin, ex-prefeito de Jaboticabal.

Sinal amarelo
No lançamento de seu comitê de campanha, Fernando Collor, que deve disputar o Senado, disse que em 2006 tentará voltar à Presidência da República.

Disputa jurídica
Lobby de juízes federais tenta convencer FHC a seguir a ordem da lista tríplice enviada ao Planalto para a escolha do novo desembargador do TRF de São Paulo. O Planalto estaria disposto a empossar o juiz Carlos Muta, mas o mais votado pelos colegas foi o juiz Wilson Zauhy.

TIROTEIO

De João Felício (CUT), sobre Geraldo Alckmin ter dito que os juros altos do governo federal são os responsáveis pelo desemprego recorde da Grande SP (20,4% da população economicamente ativa em abril):
- Dizer que a culpa é dos juros altos não explica tudo. Falta ousadia ao governo de São Paulo para segurar as indústrias.

CONTRAPONTO

Respeito ao cargo

Na década de 80, Divaldo Suruagy, então governador de Alagoas (83-86), foi a Brasília para uma audiência com Jarbas Passarinho, ministro da Previdência de João Figueiredo. Ele estava acompanhado do deputado federal Antônio Ferreira, conhecido como Tonho, eleito para seu primeiro mandato e recém-chegado a Brasília.
Assim que entrou no gabinete, Suruagy tratou de apresentar o ministro ao deputado:
- Tonho, esse é o ministro Passarinho.
- Prazer em conhecê-lo, ministro Pássaro - cumprimentou o deputado.
- Mas não é Pássaro, Tonho. O nome do ministro é Passarinho, Jarbas Passarinho -retrucou o governador, impaciente.
- Passarinho é para o senhor, que já tem intimidade. Para mim, que acabei de conhecê-lo, ainda é Pássaro! - insistiu o deputado.



Próximo Texto: Rumo às Eleições: Discurso de Serra é difícil de entender, afirma Maia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.