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ACM anuncia voto em Ciro no 1º turno
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
RAQUEL LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de muito tempo trabalhando apenas nos bastidores, o
ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) anunciou ontem o seu apoio ao presidenciável
do PPS, Ciro Gomes.
"Vou fazer uma campanha estadualizada. Mas, se os eleitores me
perguntarem em quem vou votar
no primeiro turno, vou dizer que
é no Ciro Gomes", disse ACM.
Para o eventual segundo turno,
o ex-senador descarta apenas o
apoio ao candidato governista,
José Serra (PSDB).
"Serra já está descartado. Ele
não gosta da Bahia nem dos nordestinos", afirmou.
ACM voltou a admitir a possibilidade de votar em Luiz Inácio Lula da Silva, caso o pré-candidato
petista dispute o segundo turno
com Serra. "Não vou pensar duas
vezes em votar no Lula."
Para ele, Lula e o PT deram uma
demonstração de "amadurecimento político" ao tentar estabelecer com o ex-governador Orestes Quércia e com a ala oposicionista do PMDB uma possível
aliança ainda no primeiro turno.
"Não existe nenhum lugar do
mundo em que candidatos possam descartar votos em uma eleição tão concorrida."
Como controla politicamente
93% dos municípios baianos,
ACM prevê dificuldades para Serra no Estado. "Tenho recomendado a todos que compõem nossa
coligação que não votem no Serra
em hipótese alguma."
Aborto
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil), d. Jayme Henrique Chemello, disse ontem que "alguém
que é um abortista declarado não
pode ter o voto dos católicos".
Ciro disse anteontem no programa ""Gordo a Go-Go", da
MTV, que é pessoalmente contra
o aborto, mas que considera "errada" a proibição legal da prática.
Para Crio, o aborto é um assunto "da mulher e da família" e sua
proibição dificulta a prática para
as mulheres mais pobres.
Evitando comentar diretamente
a posição do pré-candidato, d.
Jayme afirmou que pretende conversar com Ciro para obter explicações sobre sua posição.
D. Jayme afirmou que o aborto é
um tema que preocupa a CNBB.
No entanto a instituição, segundo
ele, não pretende orientar os fiéis
no período eleitoral. "Cada candidato vai se tornar responsável por
suas declarações, e o povo julgará
cada uma delas."
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