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Para mineiro, como FHC, Lula cai em armadilha
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu, no "Programa do Jô",
da Rede Globo, que o governo
Lula aprove a reforma política
para escapar da "armadilha"
que é a dependência de partidos médios e pequenos, responsável por "processo político perverso", do qual também
foi vítima o governo FHC.
"Talvez esse fosse o grande
momento para o PT mostrar
na prática que pretende ruptura [...] com esse processo político perverso, de chantagem. A
raiz desses problemas todos é a
ausência de reforma política."
Em tom mais brando do que
o da recente troca de farpas entre petistas e tucanos, Aécio
pregou que o governo mude a
legislação sem concessões aos
partidos da base: "Aqui faço
um mea-culpa. [A reforma]
não aconteceu no nosso governo [1995-2002], por pressão
desses mesmos partidos".
Aécio diagnosticou dois dos
grandes equívocos do governo
Lula: a montagem do ministério para abrigar companheiros
políticos e o incentivo ao troca-troca partidário no Congresso.
Um dos presidenciáveis do
PSDB, ele falou por cerca de 20
minutos com Jô Soares -exposição importante enquanto
tucanos disputam por tempo
no horário da sigla na TV.
Depois da entrevista, Aécio
disse que não era hora de falar
em pré-candidatos do PSDB,
embora se dissesse "encorajado" pela pesquisa da sigla que
mostra que ele venceria o presidente Lula no segundo turno
em disputa em Minas Gerais.
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