São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2005

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Para mineiro, como FHC, Lula cai em armadilha

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu, no "Programa do Jô", da Rede Globo, que o governo Lula aprove a reforma política para escapar da "armadilha" que é a dependência de partidos médios e pequenos, responsável por "processo político perverso", do qual também foi vítima o governo FHC.
"Talvez esse fosse o grande momento para o PT mostrar na prática que pretende ruptura [...] com esse processo político perverso, de chantagem. A raiz desses problemas todos é a ausência de reforma política."
Em tom mais brando do que o da recente troca de farpas entre petistas e tucanos, Aécio pregou que o governo mude a legislação sem concessões aos partidos da base: "Aqui faço um mea-culpa. [A reforma] não aconteceu no nosso governo [1995-2002], por pressão desses mesmos partidos".
Aécio diagnosticou dois dos grandes equívocos do governo Lula: a montagem do ministério para abrigar companheiros políticos e o incentivo ao troca-troca partidário no Congresso.
Um dos presidenciáveis do PSDB, ele falou por cerca de 20 minutos com Jô Soares -exposição importante enquanto tucanos disputam por tempo no horário da sigla na TV.
Depois da entrevista, Aécio disse que não era hora de falar em pré-candidatos do PSDB, embora se dissesse "encorajado" pela pesquisa da sigla que mostra que ele venceria o presidente Lula no segundo turno em disputa em Minas Gerais.


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