São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2005

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RACISMO

Ao ser questionado sobre o recente caso de racismo no futebol brasileiro, com o episódio do jogador Grafite, do São Paulo, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou que as formas de racismo "são cada vez mais freqüentes, elas nascem de uma autorização que a sociedade vai tendo, pela força da democracia, pela força do pluralismo das idéias e do pluralismo das crenças. [O racismo] está no mundo inteiro e há até racismos engraçados, como o de coreanos e japoneses".
"Acho que o tratamento que se quer dar no Brasil, por meio da lei e da punição, com a criminalizarão do racismo, é um tratamento razoável, adequado. É muito democrático", afirmou o ministro.
Sobre o caso do Grafite, chamado de "negrito" por um jogador argentino, Gil disse: "Foi uma tentativa por parte de um atingido pelo racismo de usar os mecanismos da lei, que foi apoiado pela instituição pública, que o incentivou a denunciar".
Em seguida, o ministro da Cultura foi indagado sobre a questão de cotas para negros no ensino, ao que concordou ser "um preconceito ao contrário". "Não é algo contra os brancos, é a favor dos negros."
"A política compensatória é para restaurar o equilíbrio. Não sei se é eficiente, depende de como é aplicado e acatado pela sociedade. (...) Mas qual é o benefício de não tentar?", questionou.


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