São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2005

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Petista chama Suplicy de político sem palavra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi chamado de político sem palavra numa reprimenda no Senado por ter assinado o pedido de CPI dos Correios, à revelia da decisão da bancada e da recomendação do diretório do PT.
Com incentivo irônico da oposição, Suplicy usou o microfone por mais de uma hora para recontar sua motivação, o que fez o líder do PT, Delcídio Amaral (MS), expor o que eles discutiam internamente. Sem arroubos e sem entrar no mérito da operação abafa do governo, Amaral disse que Suplicy não é um político de palavra.
"Não questiono o mérito, mas a decisão política. Política se faz com palavra. Política é compromisso. Que decepção."
Antes, ele havia dito que nada seria tirado de Suplicy, referindo-se à possibilidade de perda da legenda para a reeleição ao Senado.
Outros petistas não foram tão serenos e quase levaram Suplicy às lágrimas. Ideli Salvatti (SC) recriminou as decisões individuais à revelia das deliberações em grupo. Paulo Paim (RS) e Tião Viana (AC) também declararam decepção. Suplicy se declarou tranqüilo e, agora, respaldado pela decisão do presidente Lula de encarar serenamente a CPI. (LEILA SUWWAN)


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