São Paulo, sexta, 31 de julho de 1998

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TELECOMUNICAÇÕES
Mercado em SP registra volume recorde de negócios neste ano
Ação da Telebrás é a 3ª mais negociada na Bolsa de NY

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
da Reportagem Local

A ação da Telebrás foi, ontem, a terceira mais negociada na Bolsa de Valores de Nova York, só perdendo para a da Compaq e da Procter & Gamble. Em São Paulo, a Bolsa de Valores teve volume recorde de negociação neste ano, de R$ 1,237 bilhão, com as duas ações da Telebrás sozinhas respondendo por 68,7% do mercado à vista.
Após o sucesso da privatização, os investidores estrangeiros e nacionais saíram à caça das ações da empresa, que têm perspectivas de valorização na visão dos analistas.
Os ADRs de Telebrás, papéis negociados na Bolsa de Valores de Nova York, movimentaram o equivalente a mais de R$ 1,1 bilhão e chegaram a subir 6,7%. Outros US$ 458 milhões foram movimentados pelo Holdr, um clone do que é hoje o ADR da Telebrás.
Em São Paulo, a ação PN (sem direito a voto) da Telebrás subiu 5,86% e a ON (com direito a voto), 5,50%. O índice Bovespa, das ações mais negociadas da Bolsa paulista, subiu 3,76%.
Entre as ações que compõem o índice, o destaque ficou para Telepar Celular PNB (alta de 11,5%) e Telesp Celular PNB (9,6%). Embora com menos negócios, a Telebahia Celular ON teve a maior alta da Bolsa paulista, subindo 41,9%. Os investidores não esperavam tanto interesse na compra da holding que controla a empresa.
O mercado não aprovou o consórcio comprador da holding Norte Leste de telefonia fixa, que controla a Telerj e a Telemig, liderado pela Andrade Gutierrez e pela Inepar. Segundo analistas ouvidos pela Folha, o consórcio não tem know-how pois não é integrado por nenhuma operadora de telefonia. Além disso, as compradoras poderão ter dificuldades para obter os recursos necessários.
As ações ON da Telemig caíram de novo ontem, 23,3%, o segundo maior tombo de toda a Bolsa. Telerj PN caiu 1,59%.
A Telefónica de España, a grande vencedora do leilão da Telebrás, teve queda em suas ações na Bolsa de Madri, após subir mais de 4% anteontem. A ação da empresa caiu 2,7% depois que a agência de rating "Standard & Poor's" disse que estaria reavaliando para baixo a nota da empresa. A razão: a compra pode piorar o perfil da dívida da Telefónica.



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