São Paulo, sexta, 31 de julho de 1998

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PM encontra 4 veículos roubados em acampamento

da Folha Ribeirão

A Polícia Militar encontrou quatro veículos roubados em um acampamento sem-terra no horto florestal Guarani, em Guatapará (310 km de São Paulo).
De acordo com a polícia, no acampamento estavam uma carreta carregada com uma motoniveladora e um caminhão carregado com um trator novo.
Segundo a PM, os veículos estão avaliados em cerca de R$ 300 mil. A polícia também informou que a motoniveladora custa cerca de R$ 145 mil.
Ainda segundo a polícia, a carreta, de placas HRO-0083 de Campo Grande (MS), e a máquina haviam sido roubadas anteontem, na rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto (319 km de São Paulo).
O caminhão, de placas DJQ-4376, de Marília, e o trator haviam sido roubados na última sexta, na cidade de São José do Rio Preto (451 km de São Paulo).
A Polícia Militar informou que conseguiu apreender os veículos por meio de uma denúncia anônima. "Vasculhamos toda a área e encontramos os caminhões", disse o policial militar que se identificou apenas por Garcia.
Garcia também informou que as famílias que moram no acampamento sem-terra afirmaram que não viram como os equipamento foram estacionados no acampamento e negaram qualquer tipo de ligação com o crime.
Segundo a polícia, o caminhão é de propriedade particular e a carreta é da empresa Expresso Flecha de Prata, de Campo Grande (MS).
O proprietário da empresa Expresso Flecha de Prata, Luiz Antonio Serraza, disse que somente este ano cinco carretas foram roubadas de sua empresa na região de Ribeirão Preto.
A polícia investiga o envolvimento dos sem-terra no roubo e receptação dos veículos, mas no boletim de ocorrência registrado na delegacia de Guatapará ninguém foi indiciado pelo roubo.
Cerca de 380 famílias ligadas à Feraesp (Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Estado de São Paulo) estão alojadas no acampamento. A federação diz não acreditar que os sem-terra estejam envolvidos no crime.
De acordo com a Feraesp, a área do horto florestal Guarani é de propriedade da Fepasa (Ferrovia Paulista S/A), mas está sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Fazenda.
A federação também informou que a área foi desapropriada pelo Ministério da Agricultura para a reforma agrária em fevereiro passado.
Também segundo a entidade, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não teria pago a desapropriação para o governo estadual.



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