São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2004

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PAINEL

Tino comercial
De Paulo Maluf (PP) sobre Duda Mendonça, ex-marqueteiro seu e atual de Marta Suplicy (PT): "Ele gosta muito daquilo que os fenícios inventaram".

Tô fora
Por discordar da linha de campanha, Carlos Rayel está abandonando o time de comunicação de Paulo Maluf, cada vez mais distante de Marta Suplicy e do tucano José Serra na disputa pela prefeitura paulistana.

Língua queimada
Com a vantagem de William Dib (PSB) sobre Vicentinho no patamar de seis votos para um, o PT deve estar arrependido de ter dito e repetido que a vitória na São Bernardo de Lula teria um valor simbólico para o partido.

Força auxiliar
Filha do ex-prefeito de Osasco Francisco Rossi, Ana Paula Rossi (PHS) é a esperança do PT para evitar a vitória do tucano Celso Giglio no primeiro turno na cidade. Em segundo nas pesquisas, os petistas contam com a moça para pulverizar a votação.

Transgênico
Adversários na maioria dos palanques deste ano, PSDB e PT estão tão unidos em Bom Jesus do Norte (ES) que até a logomarca da chapa ostenta o 45, em azul-e-amarelo tucano, fundido com a famosa estrela vermelha.

Força máxima
Anunciada pelo Ibope no final de semana, a ultrapassagem de Antônio Cambraia (PSDB) sobre o aliado do Planalto Inácio Arruda (PC do B) fez crescer a pressão do PT nacional para que Luizianne Lins desista de sua candidatura em Fortaleza.

Embarque imediato
No PTB, existe quem defenda a retirada da candidatura de Joaquim Francisco em Recife para apoiar o prefeito João Paulo caso se consolide o cenário de segundo turno entre o petista e Cadoca, do PMDB.

Sem chance
Líder do governo no Senado, o petista Aloizio Mercadante não apenas rejeita a idéia, em discussão no governo, de estabelecer as Parcerias Público-Privadas por medida provisória como aposta que ela não tem futuro.

Jogo de cena
Principal crítico das PPPs tal como estão, o tucano Tasso Jereissati alega que é o governo, e não a oposição, quem bloqueia a tramitação do projeto no Senado. "Se eles aceitassem discutir, poderia estar tudo aprovado logo depois das eleições."

Tenho a força
De volta à Bahia após rediscutir com Lula as bases de seu apoio ao governo, ACM afirmou que pode arregimentar 12 senadores para um bloco de sustentação ao Planalto. Em troca, precisaria de um ministério e de diretorias de estatais.

Vai-e-volta
A retomada do diálogo Lula-ACM tem mão dupla. O senador ajuda a aprovar a reeleição das Mesas do Congresso e outros projetos de interesse do governo. Se tiver êxito, pode reforçar sua posição na disputa com Jorge Bornhausen dentro do PFL.

Refeição calórica
O PTB, outro vértice na articulação do Planalto para sair da lona no Senado, teve jantar recente com Antonio Palocci. Enquanto espera ajuda do governo para engordar sua bancada, a sigla cerra as fileiras na blindagem de Henrique Meirelles.

Outro lado
Advogado de Law Kin Chong, Luiz Fernando Pacheco lembra que o único processo até agora respondido pelo empresário não diz respeito a contrabando, e sim a tentativa de corrupção de um deputado. E que sua eventual libertação depende apenas da Justiça, e não do governo.

TIROTEIO

De Jefferson Péres (PDT-AM) sobre a inclusão, feita pelo Senado na reforma do Judiciário, de foro privilegiado para ex-autoridades acusadas de improbidade administrativa:
-Se dependesse de mim, apenas ex-presidentes da República teriam esse benefício. Os demais, encerrado o mandato, voltariam a ser cidadãos comuns. Senão, não demora muito vereador também vai pedir.

CONTRAPONTO

Por via das dúvidas

Durante ato ecumênico realizado no sábado passado para a inauguração de um centro educacional em Ribeirão Pires, município da Grande São Paulo, representantes de diversas religiões discursaram antes do chefe da Casa Civil, José Dirceu.
No momento em que um dos pastores iria iniciar sua apresentação, a mestre de cerimônias dirigiu-se ao centro do palco, tomou o microfone e pediu desculpas por interrompê-lo.
Ela explicou então que o ministro teria de falar imediatamente. Estava com a agenda cheia e precisava seguir para outro compromisso -Dirceu usou o fim de semana para ajudar candidatos petistas no ABCD e arredores.
Constrangido, o ministro sinalizou com a mão que não havia problema em esperar um pouco mais. E disse:
-Quero ouvir tudo, senão vou para o inferno.


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