|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Agência de Valério mandou R$ 6 mi para corretora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI do Mensalão identificou 63 depósitos da SMPB Comunicação para a Guaranhus,
no valor total de R$ 6,035 milhões, entre cheques, TEDs
(transferências eletrônicas disponíveis) e DOCs (documentos de ordem de crédito).
Dois cheques, nos valores de
R$ 120 mil e R$ 140 mil, foram
transformados em cheques administrativos e repassados a
Edna Maria Ricci, que os depositou em sua conta. Ricci era
uma das sacadoras das contas
da SMPB desconhecidas até
agora pelas CPIs.
"Provavelmente ela é uma laranja. Tudo indica que a Guaranhus é uma empresa de fachada, usada para dificultar o
rastreamento do dinheiro que
saía das empresas do senhor
Marcos Valério", disse o deputado José Rocha (PFL-BA), integrante da CPI do Mensalão.
Segundo Rocha, vários elementos apontam para a suspeita de que Ricci serviu para despistar o destino do dinheiro.
Ela tem endereço residencial
em São Paulo, mas apresenta
endereço comercial em Salvador (BA). Ela fez os depósitos
dos cheques em uma conta sua
no Itaú, em uma agência em
Itapuã, praia de Salvador.
Rocha falou com ela ao telefone, mas ela desligou ao saber
do que se tratava, segundo ele.
Outros três cheques da SMPB
nominais à Guaranhus, no valor total de R$ 240 mil, também
foram transformados em cheques administrativos e repassados a outra empresa de São
Paulo, mas a reportagem não
localizou o proprietário.
Em depoimento ontem à
CPI, o dono da Guaranhus, José Carlos Batista, afirmou que
não reconhecia os cheques administrativos citados.
(LEONARDO SOUZA E RANIER BRAGON)
Texto Anterior: Escândalo do "mensalão"/Choque de versões: Guaranhuns diz ter atuado para PL já em 2002 Próximo Texto: Advogado afirma que GTech procurou Buratti Índice
|