São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2005

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Agência de Valério mandou R$ 6 mi para corretora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI do Mensalão identificou 63 depósitos da SMPB Comunicação para a Guaranhus, no valor total de R$ 6,035 milhões, entre cheques, TEDs (transferências eletrônicas disponíveis) e DOCs (documentos de ordem de crédito).
Dois cheques, nos valores de R$ 120 mil e R$ 140 mil, foram transformados em cheques administrativos e repassados a Edna Maria Ricci, que os depositou em sua conta. Ricci era uma das sacadoras das contas da SMPB desconhecidas até agora pelas CPIs.
"Provavelmente ela é uma laranja. Tudo indica que a Guaranhus é uma empresa de fachada, usada para dificultar o rastreamento do dinheiro que saía das empresas do senhor Marcos Valério", disse o deputado José Rocha (PFL-BA), integrante da CPI do Mensalão.
Segundo Rocha, vários elementos apontam para a suspeita de que Ricci serviu para despistar o destino do dinheiro. Ela tem endereço residencial em São Paulo, mas apresenta endereço comercial em Salvador (BA). Ela fez os depósitos dos cheques em uma conta sua no Itaú, em uma agência em Itapuã, praia de Salvador.
Rocha falou com ela ao telefone, mas ela desligou ao saber do que se tratava, segundo ele.
Outros três cheques da SMPB nominais à Guaranhus, no valor total de R$ 240 mil, também foram transformados em cheques administrativos e repassados a outra empresa de São Paulo, mas a reportagem não localizou o proprietário.
Em depoimento ontem à CPI, o dono da Guaranhus, José Carlos Batista, afirmou que não reconhecia os cheques administrativos citados. (LEONARDO SOUZA E RANIER BRAGON)

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