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SECA
Inpe vê Estado de Pernambuco em situação crítica
Nordeste deve ter estiagem agravada
da Folha Vale
Está chovendo menos do que o
normal no Nordeste e, de acordo
com a meteorologia, o volume de
chuvas não deve aumentar. Segundo o Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais), o Estado
em situação mais crítica é Pernambuco.
Os Estados da faixa leste do
Nordeste do país registraram
uma queda de até 51,5% na média
histórica do volume de chuva verificado em julho. Em algumas cidades pernambucanas, o déficit
chega a 80%.
O fator que está influenciando a
redução do índice pluviométrico
na estação chuvosa do Nordeste
-Zona da Mata (faixa litorânea)
e região semi-árida- é a temperatura do oceano Atlântico.
No ano passado, o fator de influência da seca foi o El Niño (fenômeno climático caracterizado
pelo aquecimento das águas superficiais do Pacífico).
"Para que a estação seja chuvosa, o Atlântico Tropical Norte (região próxima à costa africana) deve ter temperatura mais fria, mas
este ano está mais quente que o
normal", disse Gilvan Sampaio,
meteorologista do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, ligado ao Inpe).
Para amenizar o efeito da seca
em 98, o governo distribuiu, só
em maio, 1,370 milhão de cestas
básicas. No segundo semestre, a
distribuição foi ampliada.
Segundo o órgão, historicamente, as chuvas costumam ocorrer
nesta época somente no litoral,
nos Estados que compreendem a
Zona da Mata.
O período chuvoso ocorre entre
abril e agosto. Em João Pessoa
(PB), a média histórica de chuvas
registrada em julho é de 290,2
mm. Neste ano, o índice ficou em
140,6 mm.
Já em Recife (PE), o normal é
chover cerca de 385,6 mm em julho, mas a quantidade registrada
no mês passado foi de 261,4 mm.
Os dados referentes a este mês
ainda não foram concluídos, mas
o CPTEC prevê que a região não
vá atingir os índices normais.
"De maio para cá, o índice de
precipitações tem sido menor.
Como a época de chuvas está chegando ao fim, é provável que a região não consiga atingir a média
normal", afirmou o meteorologista Christopher Alexander Cunningham Castro.
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