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PESQUISAS ELEITORAIS
Maiores diferenças entre levantamentos e o resultado oficial ocorreram
no Rio e em Guarulhos; resultados do Datafolha estão dentro da margem de erro em 8 de 13 cidades
Resultado do Rio surpreende institutos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois principais institutos de
opinião, o Datafolha e o Ibope, tiveram um desempenho equivalente -bem mais acertos que erros- nas pesquisas de boca-de-urna de anteontem que apontaram os candidatos que seriam
eleitos para as prefeituras.
O Datafolha fez pesquisas em 13
municípios. O Ibope fez em 12.
Ambos indicaram o resultado
correto, dentro da margem de erro definida para suas pesquisas,
em oito dessas disputas eleitorais.
Em quatro municípios o Datafolha acertou no resultado, mas
com porcentagens que se situaram fora da margem de erro. O
mesmo aconteceu com três das
pesquisas do Ibope.
Tanto um quanto outro forneceram indicação imprecisa sobre
qual dos finalistas seria o vencedor. Foi o que ocorreu com o Ibope no caso do Rio -Luiz Paulo
Conde, e não Cesar Maia, em posição de ligeira vantagem fora da
margem de erro-, e com o Datafolha no caso de Guarulhos
-tendência de vitória de Jovino
Cândido, e não de Elói Pietá-,
mas dentro da margem de erro.
Os dois institutos fizeram pesquisas simultâneas no último domingo em São Paulo, Rio, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,
Recife, Fortaleza e Campinas. Foi
nesses eleitorados que a comparação de seus desempenhos se tornou mais fácil.
Um exemplo: ficaram fora da
margem de erro ao indicarem o
vencedor em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Campinas.
Nas cidades de Maceió, Santos,
Diadema, Guarulhos e São José
do Rio Preto apenas o Datafolha
fez boca-de-urna. O mesmo vale
para o Ibope em Belém, Goiânia,
Londrina e Maringá.
Segundo Mauro Paulino, diretor do Datafolha, seu instituto
cumpriu a missão de acompanhar as oscilações de tendências
no eleitorado.
Disse ter sido o primeiro a identificar a diminuição da diferença
entre Marta Suplicy e Paulo Maluf, em São Paulo, e a estabilização
dessa diferença na última semana
da campanha.
Disse não ter ocorrido erro estatístico em Guarulhos, já que a pesquisa de boca-de-urna apontou
empate técnico. Quanto ao Rio de
Janeiro, reconheceu ter divulgado
no sábado uma diferença de cinco
pontos favorável a Conde, mas
que isso deve ser temperado por
três outros fatores.
"Houve uma aproximação nas
porcentagens dos dois candidatos, os indecisos eram ainda numerosos (8%) e constatamos a vitória de Cesar Maia no debate, o
que tornava o quadro do domingo indefinido".
Márcia Cavallari, diretora de
opinião do Ibope, disse que seu
instituto foi o primeiro a apontar
a existência de empate técnico entre os dois finalistas do Rio.
Indagada sobre a diferença favorável a Conde que o Ibope
apontou na pesquisa de boca-de-urna, respondeu que isso ocorreu
por uma margem de 0,06 ponto, e
que "pesquisa não é um oráculo
que vai acertar na vírgula".
No quadro publicado ao lado, a
Folha traz os números das últimas pesquisas do Datafolha e do
Ibope que chegaram ao conhecimento do eleitor.
Todas as do Ibope foram feitas
entre os dias 27 e 28, com uma
parte da amostragem sendo interrogada depois do debate de sexta
à noite, nas cidades em que ele
ocorreu.
As pesquisas do Datafolha foram feitas no sábado, depois do
debate, exceto as de Fortaleza,
Maceió, Diadema e Guarulhos.
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