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SUPREMO
Marco Aurélio "convida" Alckmin e Roriz a negociar pagamento de precatórios
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro
Marco Aurélio de Mello, enviou
ofício aos governadores de São
Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), e do Distrito Federal,
Joaquim Roriz (PMDB), "convidando-os" a negociar o pagamento de precatórios para evitar
o julgamento de pedidos de intervenção federal.
Marco Aurélio disse que o plenário do tribunal deverá julgar
ainda neste ano um pedido de
intervenção federal no Piauí em
razão do não-pagamento de
precatório. Nesse caso, o ministro disse que houve tentativa
frustrada de negociação com o
governador Francisco de Assis
de Moraes Souza, o Mão Santa.
O ministro disse que chamará
nos próximos dias outros 15 governadores. De acordo com ele,
se não houver acordo, a eventual
aprovação de intervenção seria
uma medida traumática.
Os processos que estão para
entrar em pauta e que só dependem dessa negociação já têm parecer do procurador-geral da
República, Geraldo Brindeiro,
pela intervenção.
O objetivo do ministro é obter
compromisso formal dos governadores de pagamento futuro
do precatório, por meio de protocolo de intenções. O Estado de
São Paulo é o recordista em pedidos de intervenção. Tem 2.581
processos por não-pagamento
de precatórios. Alckmin e Roriz
não são obrigados a aceitar o
convite, mas, caso recusem, permitirão que entrem na pauta do
STF processos prontos para julgamento. Eles poderão marcar o
dia e a hora.
A expectativa de Marco Aurélio é que os encontros aconteçam já na primeira quinzena de
novembro. A negociação também envolverá o credor do Estado no processo específico.
Se aprovada pelo Supremo, a
intervenção teria de ser decretada pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso. Enquanto o
decreto vigorasse, o Congresso
não poderia aprovar emendas
constitucionais. A Constituição
autoriza a intervenção nos Estados na hipótese de descumprimento de decisões judiciais.
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