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Reunião da Defesa não trata de caças
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A primeira reunião do Conselho
de Defesa Nacional realizada após
as eleições não terá em sua pauta
oficial a licitação do programa FX
da FAB (Força Aérea Brasileira)
para a compra de caças. Os assuntos tratados serão a compra de 12
aeronaves de transporte e de radares de bordo para vigilância,
busca e salvamento.
O Ministério da Defesa informou que será convocada uma
reunião para tratar exclusivamente da compra dos caças que irão
substituir os Mirage III E -lotados na Base Aérea de Anápolis
(GO)- com a participação de
um representante do PT.
Apesar de não fazer parte da
pauta da reunião, a compra dos
caças será tratada informalmente.
Disputam a licitação de US$ 700
milhões os caças russos Sukhoi
Su-35 e MiG-29, o anglo-sueco
Gripen, o norte-americano F-16 e
o francês Mirage-2000BR.
FHC adiou a escolha do vencedor para que fosse definida em
conjunto com o presidente eleito.
Outro motivo foi evitar especulações em torno do assunto, tais como lobby dos consórcios por
meio de militares da reserva e
acusações de favorecimento.
O resultado da concorrência,
que começou há mais de um ano,
deveria ter sido divulgado em
maio. Segundo a Aeronáutica,
houve atraso por causa das alterações nas propostas apresentadas
pelos cinco consórcios, que passaram a incluir, além da parte técnica, as contrapartidas comerciais.
Radares
Na reunião de hoje, será escolhida o vencedor na seleção feita para equipar com radares de bordo
para vigilância, busca e salvamento os oito aviões P-3 Orion, que
tomarão o lugar dos antigos Bandeirantes Patrulha P-95.
Para a aquisição, a Aeronáutica
reservou US$ 300 milhões, mas
parte dos recursos já foi gasta na
compra dos P-3 Orion, da Marinha dos EUA, que vão patrulhar a
costa, participar de missões de
busca, salvamento e vigilância de
atividades ilícitas, como narcotráfico e contrabando. Também vão
apoiar a Marinha e o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
As aquisições analisadas hoje
fazem parte do Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, aprovado por
FHC em 2000, com preço estimado de US$ 2,8 bilhões.
Participam da reunião FHC, o
vice-presidente Marco Maciel, o
presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente do
Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), o ministro da Defesa, Geraldo Quintão e os comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além dos ministros Celso
Lafer (Relações Exteriores), Paulo
de Tarso (Justiça) e Guilherme
Dias (Planejamento).
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