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ORÇAMENTO
Pedido para crédito suplementar de R$ 3,2 bi será enviado ao Congresso
Governo quer verba para servidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deverá enviar hoje
ao Congresso um pedido de crédito suplementar de R$ 3,2 bilhões para cobrir despesas com
pessoal até o final do ano. Se o crédito "jumbo" -como é conhecido esse tipo de suplementação orçamentária por seu volume-
não for aprovado até meados de
dezembro, poderá comprometer
parte da folha de pagamento do
funcionalismo.
O secretário de Orçamento Federal, Hélio Tollini, disse que os
principais prejudicados com uma
eventual demora na aprovação
seriam os funcionários do próprio Legislativo e do Judiciário.
"O pagamento dos dois Poderes
é feito no dia 23 de dezembro. Se o
crédito não for aprovado até meados de dezembro, o governo fica
sem autorização orçamentária
para fazer face à parte desse pagamento", disse o secretário.
O pagamento dos funcionários
do Executivo é realizado somente
no início do mês seguinte ao trabalhado, portanto, essa parcela do
funcionalismo não seria afetada
por um atraso na aprovação do
pedido. Tollini acha, no entanto,
que o Legislativo deverá aprovar
rapidamente o crédito "jumbo".
Segundo o secretário, esse tipo de
crédito suplementar é um procedimento rotineiro a cada fim de
ano e não significa que haverá aumento de gastos.
"Esse crescimento na despesa
de pessoal já vinha sendo acompanhado e está dentro dos limites
financeiros previstos", explicou
Tollini. Dois efeitos, segundo ele,
justificaram o pedido de crédito
suplementar: o aumento salarial
dos militares e a criação do Plano
de Cargos e Salários do Judiciário.
Mais gastos
Apesar de o crédito "jumbo"
não implicar aumento de despesa,
o governo poderá liberar mais recursos para os ministérios gastarem ainda neste ano. Isso deverá
ocorrer, segundo o Tesouro Nacional, caso haja aumento da arrecadação de impostos e contribuições nos próximos meses.
Na semana passada, a Receita
Federal prorrogou o prazo para
empresas e fundos de pensão pagarem impostos atrasados com
anistia total ou parcial de multas e
juros. Neste ano, o governo já obteve uma arrecadação extra de R$
14 bilhões em tributos atrasados
de empresas e fundos.
A equipe econômica descarta a
possibilidade de o governo usar
esse aumento de receita para "engordar" o superávit primário (receita menos despesa, exceto pagamento de juros) de 3,88% do Produto Interno Bruto neste ano.
Ao aumentar o limite de gastos
dos órgãos federais, o governo argumenta que estará reduzindo os
chamados restos a pagar -despesas contratadas em um ano,
mas efetivamente pagas no exercício seguinte.
O total de restos a pagar que serão herdados pelo novo governo
estava em R$ 11,5 bilhões em setembro último.
(JULIANNA SOFIA)
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