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ELEIÇÕES 2006 / DIA DA VITÓRIA
No discurso da vitória, Lula reúne velhos e novos aliados
Composição da mesa do presidente prestigiava ministros e incluía aceno ao PMDB
Entre estrelas ascendentes, estavam presentes os petistas Jaques Wagner e Marta Suplicy, cotada para comandar um ministério
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira aparição pública
como presidente reeleito, Luiz
Inácio Lula da Silva posou para
as câmeras na noite de domingo ao lado de ministros e petistas que foram peças fundamentais no processo eleitoral. Lula,
porém, já começou a fazer gestos a auxiliares e novos aliados
para o segundo mandato.
O presidente deixou claro
que não pretende reduzir o número de ministérios. "Essa estrutura deu tanto resultado que
nós ganhamos as eleições." Lula dirigiu-se diretamente a movimentos sindicais e sociais.
Não por acaso, os ministros
Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), Paulo Vanucchi (Direitos
Humanos) e Nilcéa Freire (Políticas para as Mulheres) estavam no domingo ao lado do
presidente e foram prestigiados por ele.
Ao seu lado direito, Lula reservou uma cadeira para o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, que conseguiu
uma vitória surpreendente e
faz uma ponte para Lula ampliar apoios no PMDB.
A ex-prefeita Marta Suplicy é
outra que integra a lista preferencial do séquito presidencial.
De fato, a petista cresceu politicamente, sobretudo com a redução significativa da desvantagem em São Paulo. Do primeiro para o segundo turno,
Lula conseguiu no Estado
2.592.909 votos a mais. Marta
teria estatura política para
compor um próximo governo,
mas tudo depende de seu projeto político de 2008.
Entre os fiéis escudeiros, Lula encerrou a campanha ao lado
de Marco Aurélio Garcia (presidente interino do PT) e dos ministros Luiz Marinho (Trabalho), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Márcio
Thomaz Bastos (Justiça) e Tarso Genro (Relações Institucionais). Todos devem permanecer como auxiliares de Lula
num segundo mandato, mesmo
que não sejam ministros.
A incógnita é a manutenção
no governo de Bastos , que manifestou vontade de voltar à iniciativa privada. Garcia poderá
ocupar uma embaixada e Dulci
é cotado para presidir o PT.
O presidente já fez os primeiros gestos ao PMDB. Colocou à
mesa o governador reeleito do
Tocantins, Marcelo Miranda.
Lula prestigiou, ainda Vitor
Paulo, presidente do PRB, partido do vice-presidente José
Alencar, ponte usada pelo presidente para chegar ao eleitorado evangélico.
O presidente do PC do B, Renato Rabelo, também estava no
entorno do presidente. Havia
ainda um espaço para o presidente do PRTB, Levy Fidélix,
aliado do ex-presidente Fernando Collor.
(MALU DELGADO)
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