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DOSSIÊ
Proprietários da Vicatur negam contatos com petistas
DA SUCURSAL DO RIO
Sócios da Vicatur Câmbio
e Turismo Limitada, os empresários Fernando Manoel
Ribas Soares e Sirley da Silva
Chaves disseram ao delegado
Diógenes Curado, da PF, que
não conhecem ninguém do
PT e que jamais negociaram
dólares com representantes
do partido. A empresa é
apontada pela PF como origem de parte do R$ 1,7 milhão com que petistas pretendiam comprar o dossiê
dos Vedoin com acusação
contra dirigentes do PSDB.
Da agência, de Nova Iguaçu (RJ), saíram os dólares de
parte da quantia a ser paga
pelo dossiê, segundo a investigação presidida por Curado, delegado em Cuiabá.
Durante os interrogatórios, realizados no Rio, Curado perguntou aos sócios da
agência se conheciam o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT).
Ribas Soares e Sirley Chaves negaram que conheçam o
prefeito pessoalmente. Também negaram que tenham
mantido contato com assessores do prefeito. Lindberg é
cotado no PT do Estado do
Rio como provável candidato
a governador em 2010.
Ao interrogar os sócios, o
delegado procurou descobrir
se existem vínculos entre a
agência e os petistas envolvidos no caso do dossiê. Mais
uma vez, ambos negaram.
Ribas Soares chegou a comentar que não vota em candidatos do PT.
O delegado perguntou a
eles se conheciam os petistas
suspeitos de participação no
caso. Citou vários nomes, entre eles os de Hamilton Lacerda (ex-assessor do senador Aloizio Mercadante),
Waldebran Padilha e Gedimar Passos (presos com o dinheiro em 15 de setembro,
em São Paulo).
Pela terceira vez, o sócios
negaram conhecê-los. Acrescentaram que a agência jamais prestou serviços para a
Prefeitura de Nova Iguaçu.
Durante a estada de dois
dias no Rio, na semana passada, Curado disse a policiais
acreditar que parte dos dólares do dossiê saiu mesmo da
Vicatur. Afirmou também
que a agência usou "laranjas"
para encobrir para quem o
dinheiro foi realmente entregue. Agora, busca apurar
qual seria o suposto vínculo
entre petistas e a empresa.
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