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MÁFIA DO LIXO
Ministério Público solicita a prisão preventiva de Palocci
JORGE SOUFEN JR
LUÍS FERNANDO MANZOLI
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério Público Estadual pediu a prisão preventiva do ex-ministro da Fazenda e ex-prefeito de Ribeirão
Preto, Antonio Palocci Filho
(PT), e de mais nove pessoas
supostamente envolvidas no
superfaturamento do contrato de limpeza pública municipal na gestão petista
2001-2004. O suposto esquema ficou conhecido como a "máfia do lixo".
Além de Palocci, que se
elegeu deputado federal no
último dia 1º, foram denunciados o também ex-prefeito
de Ribeirão Gilberto Maggioni (PT), ex-secretários
municipais e ex-funcionários da empresa Leão Leão
-até hoje concessionária do
serviço de varrição. Todos
são acusados de cometer os
crimes de formação de quadrilha, peculato (apropriação de dinheiro por funcionário público) e falsificação
de documento público.
A denúncia, protocolada
na quarta-feira passada na 4ª
Vara Criminal de Ribeirão
Preto, aguarda decisão. O documento aponta que o grupo
desviou cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2001 e 2004.
Para isso, diz a denúncia,
eram falsificadas planilhas
de varrição de rua do Daerp,
autarquia responsável pelo
gerenciamento da limpeza
municipal. Os serviços eram,
então, superfaturados e o dinheiro sujo era dissimulado
com a emissão de notas.
O advogado do ex-prefeito
Antonio Palocci (PT), José
Roberto Batochio, disse ontem que seu cliente não pode
ser denunciado pelo Ministério Público por ter sido
eleito deputado federal. "Só a
Procuradoria da República
pode fazer isso", afirmou. Segundo ele, o fato de Palocci
não ter sido diplomado não
altera essa condição. Para
Batochio, a Promotoria pode
estar querendo suprimir o
direito de defesa de Palocci,
já que no STF ele poderia se
defender antes da apreciação
do julgamento da denúncia.
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