São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Serra defende que BB e Caixa liberem crédito

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DO RIO

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou ontem os bancos porque, segundo ele, não estão fazendo chegar o crédito às empresas, preferindo aplicar o dinheiro da liberação do compulsório em títulos públicos, por conta dos juros altos no país. Ele sugeriu que sejam usados o Banco do Brasil e a Caixa para fazer o crédito chegar aos empresários.
Serra afirmou que "o governo federal está fazendo um esforço grande", como na liberação do compulsório, para manter o crédito às empresas, mas que o dinheiro "não está chegando".
Em nenhum momento usou a palavra bancos. Preferiu "o pessoal". "Eu acho que o governo federal tem que se empenhar muito para materializar aquilo que é intenção e que ninguém duvida", disse. "Se eu tivesse que opinar, diria: então usa diretamente o Banco do Brasil e a Caixa, porque muitas vezes a ampliação do compulsório, com a taxa de juros sideral que o Brasil tem, o pessoal pega o recurso que fica liberado com o aumento do compulsório e vai comprar título."
Serra disse já ter oferecido a Nossa Caixa (banco do governo paulista) para operar com o Banco do Brasil, de maneira que o empenho do BB tenha maior êxito. Afirmou ainda que Lula tem a mesma preocupação, mas cobrou mais. "É preciso que a gente operacionalize a reativação do crédito. E o presidente tem a mesma preocupação que eu. Agora, é preciso fazer com que a máquina financeira funcione nessas áreas."
O secretário de Fazenda do Estado do Rio, Joaquim Levy, disse ontem que, se o país quer atenuar os efeitos da crise, não pode esperar a aprovação da reforma tributária no Congresso para adotar medidas na área fiscal. "Nesse sentido, a crise abriu oportunidades para tentarmos implementar mudanças na tributação", afirmou.


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