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Serra defende que BB e Caixa liberem crédito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DO RIO
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), criticou ontem os bancos porque, segundo
ele, não estão fazendo chegar o
crédito às empresas, preferindo aplicar o dinheiro da liberação do compulsório em títulos
públicos, por conta dos juros altos no país. Ele sugeriu que sejam usados o Banco do Brasil e
a Caixa para fazer o crédito chegar aos empresários.
Serra afirmou que "o governo
federal está fazendo um esforço
grande", como na liberação do
compulsório, para manter o
crédito às empresas, mas que o
dinheiro "não está chegando".
Em nenhum momento usou
a palavra bancos. Preferiu "o
pessoal". "Eu acho que o governo federal tem que se empenhar muito para materializar
aquilo que é intenção e que ninguém duvida", disse. "Se eu tivesse que opinar, diria: então
usa diretamente o Banco do
Brasil e a Caixa, porque muitas
vezes a ampliação do compulsório, com a taxa de juros sideral que o Brasil tem, o pessoal
pega o recurso que fica liberado
com o aumento do compulsório e vai comprar título."
Serra disse já ter oferecido a
Nossa Caixa (banco do governo
paulista) para operar com o
Banco do Brasil, de maneira
que o empenho do BB tenha
maior êxito. Afirmou ainda que
Lula tem a mesma preocupação, mas cobrou mais. "É preciso que a gente operacionalize a
reativação do crédito. E o presidente tem a mesma preocupação que eu. Agora, é preciso fazer com que a máquina financeira funcione nessas áreas."
O secretário de Fazenda do
Estado do Rio, Joaquim Levy,
disse ontem que, se o país quer
atenuar os efeitos da crise, não
pode esperar a aprovação da reforma tributária no Congresso
para adotar medidas na área
fiscal. "Nesse sentido, a crise
abriu oportunidades para tentarmos implementar mudanças na tributação", afirmou.
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