São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Câmara exonerou 102 servidores por nepotismo

No Senado, 86 funcionários foram exonerados depois que STF proibiu contratação de parentes sem concurso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Desde a edição da súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo nos três Poderes, 102 servidores sem concurso público da Câmara já foram exonerados por serem parentes de deputados ou de funcionários que ocupam cargo de chefia. O levantamento foi divulgado ontem pelo próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Segundo ele, o setor de informática fez um levantamento "silencioso e eficaz" para descobrir casos de nepotismo envolvendo os 513 deputados e os funcionários. As demissões superam as do Senado, onde 86 parentes foram exonerados.
Ontem, Chinaglia também reafirmou que a Câmara está à disposição para ajudar o Ministério Público Federal a fiscalizar a existência de nepotismo. Na semana passada, o MPF abriu inquérito para investigar a contratação de parentes.
"No momento em que o Ministério Público quiser fazer esse trabalho aqui na Câmara, nós vamos disponibilizar o banco de dados, tudo aquilo que fizemos. Se o Ministério Público entender que outras medidas ele queira fazer, nós auxiliaremos", disse Chinaglia.
A direção da Câmara enviou aos 513 deputados e aos servidores um ofício no qual informa que todos devem assegurar que não possuem parentes empregados na Casa. Além disso, determinou que as novas contratações de servidores devem vir acompanhadas de um documento com o compromisso do parlamentar de que o funcionário não é seu parente.


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