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Câmara exonerou 102 servidores por nepotismo
No Senado, 86 funcionários foram exonerados depois que STF proibiu contratação de parentes sem concurso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desde a edição da súmula do
STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo
nos três Poderes, 102 servidores sem concurso público da
Câmara já foram exonerados
por serem parentes de deputados ou de funcionários que ocupam cargo de chefia. O levantamento foi divulgado ontem pelo próprio presidente da Casa,
Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Segundo ele, o setor de informática fez um levantamento
"silencioso e eficaz" para descobrir casos de nepotismo envolvendo os 513 deputados e os
funcionários. As demissões superam as do Senado, onde 86
parentes foram exonerados.
Ontem, Chinaglia também
reafirmou que a Câmara está à
disposição para ajudar o Ministério Público Federal a fiscalizar a existência de nepotismo.
Na semana passada, o MPF
abriu inquérito para investigar
a contratação de parentes.
"No momento em que o Ministério Público quiser fazer esse trabalho aqui na Câmara,
nós vamos disponibilizar o
banco de dados, tudo aquilo
que fizemos. Se o Ministério
Público entender que outras
medidas ele queira fazer, nós
auxiliaremos", disse Chinaglia.
A direção da Câmara enviou
aos 513 deputados e aos servidores um ofício no qual informa que todos devem assegurar
que não possuem parentes empregados na Casa. Além disso,
determinou que as novas contratações de servidores devem
vir acompanhadas de um documento com o compromisso do
parlamentar de que o funcionário não é seu parente.
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