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OUTRO LADO
Decisão judicial é "perigosa", afirma procurador-geral
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O procurador-geral do Estado, Raimundo Viana, 62, disse
ontem que o governo da Bahia
vai exaurir todas as possibilidades de recursos para derrubar a
sentença do juiz Rubem Dário
Peregrino da Cunha. "A decisão da Justiça é perigosa e abre
um precedente muito grave. Se
formos seguir o que o juiz determina, todas as agências de
publicidade serão esvaziadas."
Segundo o procurador, não
existe nenhuma ligação entre o
governo estadual e os veículos
de comunicação já que quem
escolhe onde serão publicados
os anúncios são agências contratadas por licitação.
Para Raimundo Viana, a sentença do juiz apresenta partes
"omissas, obscuras e contraditórias". "O juiz não percebeu
que não existe nenhuma ligação direta entre o governo e os
veículos. Nós não fazemos, nós
não assinamos contratos com
os jornais, emissoras de rádio e
televisão", disse.
De acordo com o procurador-geral, a sentença remete à
possibilidade de o governo fazer uma licitação dirigida. "Pelo que o juiz escreveu, o governo tem de dizer para a agência
em que jornal deve sair o anúncio oficial. Não existe amparo
legal para que possamos cumprir a determinação."
(LF)
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