São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 2005

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Presidente é o mais político dos membros do STF

DA REDAÇÃO

A fama de membro político do STF começou a ser atribuída ao hoje presidente do órgão, Nelson Jobim, desde que ele foi levado por Fernando Henrique Cardoso do Ministério da Justiça para o Supremo Tribunal Federal, em 1997.
Quase um mês após a posse, um pedido de vista seu adiou a decisão sobre uma liminar em ação ajuizada pela oposição. Devido a esse e a outros pedidos de vista, cuja demora interessava a FHC, Jobim ganhou do PT o apelido de "líder do governo no STF".
Mesmo com a eleição de Lula, ele não deixou de atuar como uma espécie de delegado do governo. Após assumir a presidência do Supremo, em junho de 2004, dedicou grande parte de sua agenda a audiências com parlamentares, governadores e prefeitos. Ficou conhecido como o mais político dos 11 membros do STF.
Acusado de favorecer PT, PSDB e PMDB, concedeu liminar que impediu a abertura de processo contra seis petistas no Conselho de Ética da Câmara, suspeitos de envolvimento no "mensalão". O ministro participou de articulações políticas, especialmente para aprovar a emenda da reforma do Judiciário, no ano passado.
Ex-deputado federal pelo PMDB-RS, Jobim tornou-se nome cotado para a Presidência. Em 5 de dezembro, porém, negou a candidatura à Folha: "Não sou candidato a nada".


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