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ADMINISTRAÇÃO
Metade dos 417 homens da Guarda trabalha armada; prefeitura lança plano de segurança para Campinas
Secretário vê dificuldade em desarmar GM
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
O secretário da Cooperação nos
Assuntos da Segurança Pública de
Campinas, Péricles Caramaschi,
disse ontem que encontra resistência dentro da própria Guarda
Municipal para desarmar a corporação.
"Existe um bloco dentro da
guarda que ainda entende que a
única maneira de fazer policiamento é armado", afirmou o secretário, que também responde
pela Guarda. A metade do efetivo
da GM (417 homens) trabalha armada de revólver.
A reestruturação da Guarda
Municipal é a primeira proposta
dentro do plano de segurança
apresentado ontem por Caramaschi ao Conselho Municipal de Segurança Integrada.
O conselho tem o prazo de 15
dias para analisar o plano.
O secretário propôs a criação de
um plano de carreira para os
guardas municipais.
"É importante que haja uma
hierarquia lá dentro", disse.
Os guardas municipais também
deverão receber aulas de direitos
humanos, noções de direito, comportamento e ética.
"Nós queremos que a Guarda
Municipal perca as características
militares que foram incorporadas
a ela", disse ontem Caramaschi.
Caramaschi propôs que as Polícias Civil e Militar integrem as
suas ações e trabalhem em conjunto, "visando o melhor aproveitamento dos recursos".
Após a aprovação do plano, será
realizada a discussão para eleger o
presidente, o vice-presidente e a
comissão executiva do conselho
municipal.
Caramaschi também propôs, a
longo prazo, a formação de um
Centro Integrado de Emergências
Públicas de Campinas.
A proposta implica na criação
de um telefone único que receberia todas as chamadas da população de Campinas.
Os números de chamada da Polícia Militar, Defesa Civil, Guarda
Municipal e Corpo de Bombeiros
seriam extintos, segundo informou o secretário.
"As ligações seriam centralizadas e então distribuídas para os
órgãos competentes que também
estariam no mesmo espaço físico
do centro integrado", disse ontem
Caramaschi.
"Isso evitaria que duas ou até
três carros vão atender a mesma
ocorrência, como ocorre atualmente", afirmou. O secretário disse não saber o valor necessário
para a criação de centro.
Caramaschi disse que serão utilizados recursos estaduais, municipais e privados, além dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Um gabinete criminal de planejamento também seria criado para dar apoio logístico.
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