Campinas, Sexta-feira, 02 de Março de 2001

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ADMINISTRAÇÃO
Metade dos 417 homens da Guarda trabalha armada; prefeitura lança plano de segurança para Campinas
Secretário vê dificuldade em desarmar GM

RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS

O secretário da Cooperação nos Assuntos da Segurança Pública de Campinas, Péricles Caramaschi, disse ontem que encontra resistência dentro da própria Guarda Municipal para desarmar a corporação.
"Existe um bloco dentro da guarda que ainda entende que a única maneira de fazer policiamento é armado", afirmou o secretário, que também responde pela Guarda. A metade do efetivo da GM (417 homens) trabalha armada de revólver.
A reestruturação da Guarda Municipal é a primeira proposta dentro do plano de segurança apresentado ontem por Caramaschi ao Conselho Municipal de Segurança Integrada.
O conselho tem o prazo de 15 dias para analisar o plano.
O secretário propôs a criação de um plano de carreira para os guardas municipais.
"É importante que haja uma hierarquia lá dentro", disse.
Os guardas municipais também deverão receber aulas de direitos humanos, noções de direito, comportamento e ética.
"Nós queremos que a Guarda Municipal perca as características militares que foram incorporadas a ela", disse ontem Caramaschi.
Caramaschi propôs que as Polícias Civil e Militar integrem as suas ações e trabalhem em conjunto, "visando o melhor aproveitamento dos recursos".
Após a aprovação do plano, será realizada a discussão para eleger o presidente, o vice-presidente e a comissão executiva do conselho municipal.
Caramaschi também propôs, a longo prazo, a formação de um Centro Integrado de Emergências Públicas de Campinas.
A proposta implica na criação de um telefone único que receberia todas as chamadas da população de Campinas.
Os números de chamada da Polícia Militar, Defesa Civil, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros seriam extintos, segundo informou o secretário.
"As ligações seriam centralizadas e então distribuídas para os órgãos competentes que também estariam no mesmo espaço físico do centro integrado", disse ontem Caramaschi.
"Isso evitaria que duas ou até três carros vão atender a mesma ocorrência, como ocorre atualmente", afirmou. O secretário disse não saber o valor necessário para a criação de centro.
Caramaschi disse que serão utilizados recursos estaduais, municipais e privados, além dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Um gabinete criminal de planejamento também seria criado para dar apoio logístico.



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