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CRIMINALIDADE
Acusado estava com 8 RGs falsos, além de armas, câmeras e explosivos em casa que poderia ser usada como cativeiro
Polícia prende líder do PCC em Americana
MARCEL MENDONÇA GUIMARÃES
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Civil de Americana (28
km de Campinas) prendeu anteontem Sérgio de Oliveira Silva,
30, o Serginho Boy, suspeito de
ser um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), em
uma casa no bairro de classe média Parque das Nações.
Segundo a polícia, ele é integrante de uma quadrilha de sequestradores e assaltantes de banco que vem atuando na Grande
São Paulo e em Campinas.
A polícia teve informação de
que uma quadrilha tentava se instalar em Americana, com o objetivo de montar um cativeiro.
Ele foi preso junto com oito documentos de identidade falsos.
O Denarc (Departamento de
Narcóticos) deve fazer exames de
impressão digital para confirmar
sua verdadeira identidade.
"Tudo indica que o homem seja
Sérgio de Oliveira da Silva, conhecido como Sérgio Boy, apesar de
esse nome não constar em nenhuma das identidades", afirmou o
investigador Fernando Scarelli.
Silva confessou ter participado
de um assalto ao avião pagador da
Vasp, no ano passado, quando foram roubados 60 kg de ouro, no
aeroporto de Brasília.
Ele é procurado por formação
de quadrilha, utilização de documento falso, roubo e porte de arma, segundo a polícia.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) havia pedido na semana passada um mandado de
busca e apreensão para poder entrar na casa.
A ação
Por volta das 8h30 de anteontem, cinco investigadores e o delegado Cláudio Eduardo Nogueira
Navarro foram à casa e tocaram a
campainha.
De acordo com a polícia, Silva
abriu a porta com uma arma na
cintura e foi abordado pelos investigadores.
A casa tinha um quarto subterrâneo com características de ser
um cativeiro, ainda segundo os
policiais que foram ao local.
Foram encontrados um fuzil
AK-47 com dois carregadores,
um fuzil de ferrolho CZ500, que é
usado para matar elefante, uma
pistola 9 mm, caixas de munição,
quatro telefones celulares, três rádios HT na frequência da polícia,
perucas, câmeras, artefato explosivo e gás paralisante.
"Eles colocam um cinto com o
explosivo em gerentes de banco
enquanto sequestram seus familiares. O gerente é monitorado
por uma câmera e é obrigado a
roubar o banco", disse Scarelli.
Segundo a polícia, Silva foi condenado pela 2º Vara da Justiça Federal de São Paulo a 16 anos e quatro meses de reclusão, por roubo a
mão armada.
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