Campinas, Segunda-feira, 02 de Abril de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRIMINALIDADE
Acusado estava com 8 RGs falsos, além de armas, câmeras e explosivos em casa que poderia ser usada como cativeiro
Polícia prende líder do PCC em Americana

MARCEL MENDONÇA GUIMARÃES
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A Polícia Civil de Americana (28 km de Campinas) prendeu anteontem Sérgio de Oliveira Silva, 30, o Serginho Boy, suspeito de ser um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), em uma casa no bairro de classe média Parque das Nações.
Segundo a polícia, ele é integrante de uma quadrilha de sequestradores e assaltantes de banco que vem atuando na Grande São Paulo e em Campinas.
A polícia teve informação de que uma quadrilha tentava se instalar em Americana, com o objetivo de montar um cativeiro.
Ele foi preso junto com oito documentos de identidade falsos.
O Denarc (Departamento de Narcóticos) deve fazer exames de impressão digital para confirmar sua verdadeira identidade.
"Tudo indica que o homem seja Sérgio de Oliveira da Silva, conhecido como Sérgio Boy, apesar de esse nome não constar em nenhuma das identidades", afirmou o investigador Fernando Scarelli.
Silva confessou ter participado de um assalto ao avião pagador da Vasp, no ano passado, quando foram roubados 60 kg de ouro, no aeroporto de Brasília.
Ele é procurado por formação de quadrilha, utilização de documento falso, roubo e porte de arma, segundo a polícia.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) havia pedido na semana passada um mandado de busca e apreensão para poder entrar na casa.

A ação
Por volta das 8h30 de anteontem, cinco investigadores e o delegado Cláudio Eduardo Nogueira Navarro foram à casa e tocaram a campainha.
De acordo com a polícia, Silva abriu a porta com uma arma na cintura e foi abordado pelos investigadores.
A casa tinha um quarto subterrâneo com características de ser um cativeiro, ainda segundo os policiais que foram ao local.
Foram encontrados um fuzil AK-47 com dois carregadores, um fuzil de ferrolho CZ500, que é usado para matar elefante, uma pistola 9 mm, caixas de munição, quatro telefones celulares, três rádios HT na frequência da polícia, perucas, câmeras, artefato explosivo e gás paralisante.
"Eles colocam um cinto com o explosivo em gerentes de banco enquanto sequestram seus familiares. O gerente é monitorado por uma câmera e é obrigado a roubar o banco", disse Scarelli.
Segundo a polícia, Silva foi condenado pela 2º Vara da Justiça Federal de São Paulo a 16 anos e quatro meses de reclusão, por roubo a mão armada.


Texto Anterior: Habitação :Moradores do Oziel querem reunir 10 mil em manifestação hoje
Próximo Texto: PM acha buraco em direção à cadeia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.