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Sindicato dos Energéticos vai à Justiça para garantir rejeição a corte
DA FOLHA CAMPINAS
O Sindicato dos Energéticos do
Estado de São Paulo vai recorrer à
Justiça para que os eletricitários
possam se recusar a efetuar o corte de energia dos consumidores
que não atenderem às metas de
redução de consumo estabelecidas pelo governo federal.
"Percebemos que a população
está revoltada com a imposição
do governo e que os trabalhadores responsáveis pelo corte correm perigo", disse ontem o presidente do sindicato, Wilson Marques Almeida.
O sindicato representa 11 mil
trabalhadores no interior do Estado. Pelo menos mil deles são responsáveis pelos cortes de energia
em 430 municípios, segundo informou Almeida.
"Nosso departamento jurídico
já providenciou a documentação
que será apresentada à Justiça.
Vamos iniciar uma campanha entre os trabalhadores para que eles
se recusem a efetuar os cortes",
disse o presidente.
"Outro dia ouvi uma pessoa
afirmando que iria receber a bala
quem fosse cortar a energia elétrica de sua casa", declarou o presidente do sindicato.
Pelo menos 3.100 funcionários
da CPFL e outros 2.700 da distribuidora Elektro são representados pelo Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo.
A CPFL atende 234 cidades no
interior do Estado e tem 2,78 milhões de clientes, de acordo com
dados da empresa.
A Elektro fornece energia para
1,65 milhão de clientes em 223 cidades do Estado de São Paulo e
em cinco em Mato Grosso do Sul.
Distribuidoras
A CPFL informou ontem, por
meio da assessoria, que não iria
comentar um assunto "que não
tinha conhecimento".
A Folha não conseguiu localizar, na noite de ontem, nenhum
representante da Elektro.
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