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SAÚDE
Unicamp fiscalizará autenticidade de informações de planos de saúde sobre pacientes
HC vai cobrar R$ 421 mil de convênios
free-lance para a Folha Campinas
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) espera receber
em agosto R$ 421 mil de empresas
operadoras de planos de saúde
particulares pelo atendimento gratuito a pacientes conveniados no
HC (Hospital de Clínicas) desde 1º
de maio deste ano.
A universidade vai enviar as faturas para cobrança no próximo dia
19 e as empresas têm até dia 2 de
julho para recorrer caso não concordem em pagar por determinados procedimentos médicos.
No mês passado, o HC da Unicamp fez 194 internações de pacientes que, ao serem atendidos,
disseram ter um convênio médico
e revelaram os nomes das operadoras.
No total, foram feitas aproximadamente 1.800 internações em
maio, o que inclui conveniados e
não-conveniados, segundo o médico Paulo Eduardo Rodrigues da
Silva, superintende do HC.
A cobrança usa como base a Tunep (Tabela Única Nacional de
Equivalência em Procedimentos),
com valores de procedimentos
médicos até cinco vezes mais altos
que os praticados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Pelos valores cobrados atualmente na tabela definida pelo Ministério da Saúde com preços do
SUS, segundo Silva, o HC teria R$
354 mil a receber pelo atendimento a conveniados em maio.
Segundo o médico, são 360 operadoras de planos de saúde cujos
conveniados procuram atendimento na Unicamp. Ele disse que
só a Unimed Campinas deverá ser
cobrada em R$ 162 mil consumidos por seus conveniados no HC.
Silva afirmou que vai realizar
neste mês uma auditoria em atendimentos feitos a pacientes conveniados na unidade. O superintendente do HC disse que o objetivo
da auditoria é ter, por amostragem, um perfil dos pacientes conveniados.
No caso de uma operadora alegar
que o contrato com um determinado usuário não cobre alguns
procedimentos, a Unicamp poderá contestar a informação com os
dados que terá da auditoria.
Funcionários do HC acertam
com o Banco do Brasil e com o Ministério da Saúde detalhes do procedimento para a auditoria, que
será feita por meio de visitas às casas de pelo menos 10% dos conveniados.
"Basicamente, o que a gente vai
fazer é entrar na casa da pessoa para saber o que está acontecendo
em seu contrato. Vamos ver o que
os contratos cobrem e se as pessoas estão inadimplentes ou não",
afirmou.
Silva disse que todos os pacientes
são questionados se têm ou não
convênio atualmente antes de serem atendidos.
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