Campinas, Quarta, 2 de junho de 1999

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SAÚDE
Unicamp fiscalizará autenticidade de informações de planos de saúde sobre pacientes
HC vai cobrar R$ 421 mil de convênios

free-lance para a Folha Campinas

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) espera receber em agosto R$ 421 mil de empresas operadoras de planos de saúde particulares pelo atendimento gratuito a pacientes conveniados no HC (Hospital de Clínicas) desde 1º de maio deste ano.
A universidade vai enviar as faturas para cobrança no próximo dia 19 e as empresas têm até dia 2 de julho para recorrer caso não concordem em pagar por determinados procedimentos médicos.
No mês passado, o HC da Unicamp fez 194 internações de pacientes que, ao serem atendidos, disseram ter um convênio médico e revelaram os nomes das operadoras.
No total, foram feitas aproximadamente 1.800 internações em maio, o que inclui conveniados e não-conveniados, segundo o médico Paulo Eduardo Rodrigues da Silva, superintende do HC.
A cobrança usa como base a Tunep (Tabela Única Nacional de Equivalência em Procedimentos), com valores de procedimentos médicos até cinco vezes mais altos que os praticados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Pelos valores cobrados atualmente na tabela definida pelo Ministério da Saúde com preços do SUS, segundo Silva, o HC teria R$ 354 mil a receber pelo atendimento a conveniados em maio.
Segundo o médico, são 360 operadoras de planos de saúde cujos conveniados procuram atendimento na Unicamp. Ele disse que só a Unimed Campinas deverá ser cobrada em R$ 162 mil consumidos por seus conveniados no HC.
Silva afirmou que vai realizar neste mês uma auditoria em atendimentos feitos a pacientes conveniados na unidade. O superintendente do HC disse que o objetivo da auditoria é ter, por amostragem, um perfil dos pacientes conveniados.
No caso de uma operadora alegar que o contrato com um determinado usuário não cobre alguns procedimentos, a Unicamp poderá contestar a informação com os dados que terá da auditoria.
Funcionários do HC acertam com o Banco do Brasil e com o Ministério da Saúde detalhes do procedimento para a auditoria, que será feita por meio de visitas às casas de pelo menos 10% dos conveniados.
"Basicamente, o que a gente vai fazer é entrar na casa da pessoa para saber o que está acontecendo em seu contrato. Vamos ver o que os contratos cobrem e se as pessoas estão inadimplentes ou não", afirmou.
Silva disse que todos os pacientes são questionados se têm ou não convênio atualmente antes de serem atendidos.



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