da Folha Campinas

O prefeito de Vinhedo, Milton Serafim (PSDB), afirmou ontem que vai recorrer no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo contra a decisão da Justiça local de reduzir pela metade o seu salário, os salários dos 15 vereadores e o do vice-prefeito da cidade, Élsio Boccaletto (PT).
De acordo com a ação pública, Serafim, Boccaletto e os parlamentares ainda terão de devolver o valor acumulado referente à metade dos salários recebidos nos dois últimos anos.
O salário do prefeito deve cair de R$ 12,7 mil para R$ 6.350. O do vice-prefeito, que é secretário da Educação e recebe R$ 3.650, passará a ganhar R$ 1.350, a mesma quantia que os vereadores também passarão a receber.
O prefeito informou que ainda não definiu qual será a sua tese de defesa, pois ainda não foi notificado pela Justiça.
Os salários dos políticos em Vinhedo são definidos por um decreto legislativo feito pela Câmara em 92, quando o seu presidente era o atual prefeito.
"Eu sequer imaginava que seria prefeito naquela época, cinco anos antes de eu ser eleito. Além do mais, o projeto foi feito pela mesa diretora", afirmou.
Em Vinhedo, o parâmetro para os salários são os vencimentos dos secretários municipais. De acordo com a Constituição, os aumentos dos políticos ocorrem a cada quatro anos e são estabelecidos nos mandatos anteriores.
Segundo o prefeito Milton Serafim, o vice-prefeito não poderia ter seus salários reduzidos pela Justiça. "Ele recebe como secretário, já que seu cargo eletivo não é remunerado", disse o prefeito.



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