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CRISE NA ADMINISTRAÇÃO
Pressão da prefeitura e dos servidores públicos faz com que Legislativo realize duas sessões extraordinárias
Câmara decide destino da greve amanhã
GUSTAVO PORTO
da Folha Campinas
Pressionada pela prefeitura e
pelo Sindicato dos Trabalhadores
no Serviço Público Municipal, a
Câmara de Campinas vota amanhã o projeto de lei que pode cortar benefícios, reduzir salários e
jornada em até 25%, ou, se rejeitado, proporcionar a demissão de
até 2.500 servidores.
Um acordo ontem à tarde fez
com que o projeto, enviado ontem à Câmara, seja votado em
duas sessões extraordinárias,
amanhã, às 8h.
"É o momento mais crítico da
administração Chico Amaral e a
Câmara vai ter que assumir esse
problema. Eu só posso lamentar a
inércia do Executivo, que não resolveu o problema em três meses
de negociação", afirmou o presidente da Câmara, vereador Tadeu
Marcos Ferreira (PMDB).
Ontem, os servidores iniciaram
a terceira greve no ano com a paralisação, segundo o sindicato,
entre 55% e 60% da categoria. O
setor mais atingido foi o da Saúde,
com 70%.
O presidente da Câmara criticou novamente a maneira como o
projeto foi redigido e previu que
várias emendas devem ser feitas.
"Para piorar, faltou habilidade
ao Executivo, que protocolou um
projeto deste no mesmo dia em
que prorrogou um contrato de vigilância de R$ 10 milhões, que está
sendo criticado por todos", afirmou Ferreira.
Segundo Fábio Custódio, um
dos coordenadores-gerais do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, a antecipação da votação vai fazer com
que o Executivo não tenha tempo
de se articular.
O líder do governo, vereador
Antonio Rafful (PPB), afirmou
que o Executivo tem pressa para
que o projeto seja aprovado e que
vai trabalhar para que isso aconteça amanhã.
"Se o projeto passar, os cortes
serão feitos e não haverá demissões. Mesmo com a previsão de
demissões no projeto, existe um
consenso para que esses artigos
sejam suprimidos", afirmou o vereador.
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