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Paralisação atinge 70% na Saúde
free-lance para a Folha Campinas
Com 70% de paralisação, segundo o sindicato, e 60%, segundo a prefeitura, o setor de
Saúde foi o mais prejudicado
ontem, no primeiro dia da terceira greve dos servidores públicos municipais deste ano.
A greve foi mantida e a situação deve continuar inalterada
até amanhã, quando o projeto
com o corte nos benefícios, redução na jornada e nos salários
será votado na Câmara.
Segundo o sindicato, apenas
os setores de urgência e emergência foram mantidos nas 67
unidades da rede municipal de
Saúde, com exceção do Hospital Mário Gatti, que manteve
70% dos servidores trabalhando por causa da superlotação.
Segundo a prefeitura, os 180
leitos estavam ocupados e nove doentes estavam sendo
atendidos em macas nos corredores.
No total, entre 55% e 60%
dos 15 mil servidores pararam
ontem, segundo o sindicato.
Na área da Educação, a paralisação foi de 20% segundo o
sindicato e variou de 1,27% a
7,62%, segundo a prefeitura.
Os servidores devem fazer
hoje uma passeata pelas ruas
de Campinas e um protesto no
Ministério Público, pedindo o
empenho na apuração das denúncias feitas contra a prefeitura.
O carregador João de Almeida, 34, esperou ontem das 7h
às 13h no Hospital Municipal
Mário Gatti para ser atendido.
Ele passou por uma cirurgia no
pescoço há uma semana e precisava retirar os pontos.
"É um absurdo esperarmos
isso", afirmou a mulher de
João, Maria de Fátima Camilo.
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