Campinas, Quinta, 5 de agosto de 1999

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Paralisação atinge 70% na Saúde

free-lance para a Folha Campinas

Com 70% de paralisação, segundo o sindicato, e 60%, segundo a prefeitura, o setor de Saúde foi o mais prejudicado ontem, no primeiro dia da terceira greve dos servidores públicos municipais deste ano.
A greve foi mantida e a situação deve continuar inalterada até amanhã, quando o projeto com o corte nos benefícios, redução na jornada e nos salários será votado na Câmara.
Segundo o sindicato, apenas os setores de urgência e emergência foram mantidos nas 67 unidades da rede municipal de Saúde, com exceção do Hospital Mário Gatti, que manteve 70% dos servidores trabalhando por causa da superlotação.
Segundo a prefeitura, os 180 leitos estavam ocupados e nove doentes estavam sendo atendidos em macas nos corredores.
No total, entre 55% e 60% dos 15 mil servidores pararam ontem, segundo o sindicato.
Na área da Educação, a paralisação foi de 20% segundo o sindicato e variou de 1,27% a 7,62%, segundo a prefeitura.
Os servidores devem fazer hoje uma passeata pelas ruas de Campinas e um protesto no Ministério Público, pedindo o empenho na apuração das denúncias feitas contra a prefeitura.
O carregador João de Almeida, 34, esperou ontem das 7h às 13h no Hospital Municipal Mário Gatti para ser atendido. Ele passou por uma cirurgia no pescoço há uma semana e precisava retirar os pontos.
"É um absurdo esperarmos isso", afirmou a mulher de João, Maria de Fátima Camilo.



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