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Tráfico financia aeroportos em SP
VALÉRIA DE OLIVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O narcotráfico financia a conservação de alguns aeroclubes e
de pistas de pouso em São Paulo.
Essa é uma das conclusões da CPI
do Narcotráfico que consta no relatório final, aprovado na madrugada de ontem na Câmara.
No relatório estão listados 84 indiciamentos no capítulo destinado ao Estado. Alguns nomes são
repetidos. É o caso de Ari Natalino da Silva, acusado de narcotráfico e crime organizado.
A comissão constatou que existem, em todo o Estado de São
Paulo, pequenos aeroportos e pistas autorizadas ou clandestinas
muitas vezes mantidas por narcotraficantes. Elas permitem o
"trânsito das aeronaves sem controle por parte dos órgãos fiscalizadores", segundo relatório.
O documento considera São
Paulo um dos principais "ou o
principal local de rota, apoio, distribuição e consumo de drogas do
país". Isso se deve, no entendimento da CPI, à localização, à riqueza e à topografia do Estado.
O relatório cita também "a vantagem dos canaviais para arremessar a droga e pistas oficiais
sem nenhum controle ou clandestinas, que até parecem que foram feitas sob encomenda."
Segundo a CPI, 14 cidades foram identificadas como os maiores focos de narcotráfico no Estado. Além delas, o relatório cita
Baixada Santista, Vale do Paraíba
e litoral norte. O documento diz
que o dinheiro do tráfico é investido em agências de automóveis,
empreendimentos imobiliários e
firmas prestadoras de serviços.
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